Budismo Tibetano

Por: Ricardo Chioro

O Budismo Tibetano também é chamado de Vajrayana, que significa Veículo do Diamante. É veículo num sentido que ele te leva para iluminação, então é um preciso veículo para a iluminação.

O Budismo Tibetano também é chamado de Budismo Esotérico. Ele possui muitos elementos esotéricos que temos no esoterismo ocidental como é o caso de visualizações, viagem astral, astrologia, mantras, mandala, hipnose, mediunidade, iniciação e práticas secretas.

Apesar de existirem as mesmas práticas esotéricas no Tibet e no ocidente, o Tibet possui suas próprias visualizações, astrologia e mantras, diferentes das visualizações, astrologia e mantras do ocidente.

A astrologia, a viagem astral e a mediunidade são práticas espirituais que faziam parte da religião Bon, a principal religião no Tibet antes da entrada do Budismo no país. Essas práticas foram absorvidas pelo Budismo Tibetano que, na minha opinião, ficou muito melhor.

Agora falaremos um pouquinho das práticas do Budismo no Tibet:

1) Oráculo: O oráculo é o médium que incorpora entidades que passam informações.
Lá no Tibet eles são muito rápidos, a entidade vem, fala o que tem que falar e vai embora.
Aqui no ocidente o processo é bem mais demorado.

2) Yôga: O Budismo que penetrou no Tibet é o Budismo Hindu, então o Yoga que é uma pratica Hindu também penetrou no Tibet.

3) Astrologia Oriental: É extremamente usada no Budismo Tibetano. Eles conferem à vida das pessoas, para que elas já saibam o que a vida espera delas e quais serão suas missões.Também vêem a vida passada das pessoas.

Os signos orientais são: Lebre, Dragão, Serpente, Cavalo, Carneiro, Macaco, Ave, Cão, Porco, Rato, Boi, Tigre e Lebre. Cada um respectivo à um ano.

O oráculo e a astrologia muitas vezes se complementam.

4) Mantra: O mantra é uma prática espiritual feita com a fala ou o pensamento em uma fala. Por exemplo: a fala do mantra OM MANI PADME HUNG.

Quando falando o mantra tem mais força, mas quando não se pode falá-lo, se pode fazer em pensamento, que apesar de ser mais fraco, o mantra ainda funciona.

O mantra mexe com energias invisíveis para os nossos olhos físicos, e com outras dimensões, já que enxergamos somente o plano tridimensional. Não é possível ver o mantra, mas é possível senti-lo quando estamos praticando.

5) Mandala: Para nossos olhos físicos é apenas uma imagem, mas produz energias invisíveis que pode auxiliar as pessoas em diversos processos como limpeza energética, cura, iluminação, resolver problemas e etc.

6) Medicina Budista Tibetana: É a medicina com os princípios Budistas unidos com a Aiuriveda (Medicina Hindu) e com a Medicina Chinesa, muito conhecida aqui no ocidente.
O principio fundamental é do caminho do meio, que é o equilíbrio, pois o desequilíbrio gera doença. Sendo assim a doença nasce da cabeça do ser humano.

Lá eles usam muito ervas, muito mesmo; algumas até desconhecidas para nós ocidentais.

7) Meditação: Existem métodos de meditação praticados no Budismo Tibetano.

Um método muito interessante é que eles deitam pelados no gelo em Meditação e o corpo deles aquecem com a Meditação e o gelo em volta deles começa a derreter.

Na revista Época de abril de 2006, na Matéria da capa diz que o Dalai-Lama, inclusive tem ajudado a ciência em pesquisas que na meditação pode aumentar a temperatura do corpo em até dez graus.

8) Divindades Meditacionais:

Existem no Budismo Tibetano divindades que são usadas para fazer meditação. Elas são chamadas de Yidams.

Nessa prática existe a visualização da divindade e de outras figuras que aparecem em uma Mandala. Essa pratica é chamada de Sadhana.

Os Yidams além de terem práticas com meditação também possuem mantras, porém só podem ser feitas por quem receber a iniciação da divindade usada para essa prática.

Para cada prática com um Yidam é necessário uma iniciação, se não, não funcionará.

Então existem varias sadhanas com uma divindade diferentes, e para cada uma tem que fazer a iniciação.

Nosso site possui meditações parecidas com essa do Budismo Tibetano, com divindades e iluminados da qual não necessitam de iniciação.

Veja em: http://an.locaweb.com.br/Webindependente/esoterismo/mandalas.htm

9) Viagem Astral: É a viagem da consciência fora do corpo físico, onde com meditação o ser consegue sair fora do seu corpo físico e ir para diversos lugares.

10) Técnicas Secretas: Existe no Budismo Tibetano técnicas que são secretas e só um numero pequeno de pessoas as aprendem.

O próprio Dalai-Lama já expôs que existe de fato conhecimento secreto, mas não diz que conhecimento é este. 

Ensinamentos

Além destas práticas, o Budismo Tibetano conta com ensinos Budistas como As Quatro Nobres Verdades, O Nobre Caminho Óctuplo, Karma, Dharma, Renascimento em outras Vidas, Temporalidade, Desprendimento, Insatisfação ou Sofrimento e algumas outras de menor importância.

Budismo Tibetano no Brasil

O Budismo Tibetano dos templos aqui no Brasil não possui as práticas que no Tibete tem, não existem as praticas secretas. Aqui existem as Divindades Meditacionais, meditações, tem Yoga, mandalas, mantras e outras coisas que falamos.

O Budismo do Tibet se unifica com outras crenças.

No Budismo não se fala em Deus e nem em Deus interno. Eles aceitam outras crenças para se completar.

No Brasil o Budismo está crescendo de forma fechada, sem se completar com outras crenças. Existem textos que os autores criticam quem acredita em um Deus criador de tudo, dizendo que isto não é possível.

Os Lamas

No Budismo Tibetano existem os Lamas, sacerdotes religiosos. Acredita-se que a alma de Sidarta Gautama, o Buda, tenha se dividido em milhares partes, e essas partes reencarnam como Lamas para propagar e ensinar o Budismo.

Acredito que este seja um erro, pois foi revelado através de um oráculo na manifestação de um Buda (um ser iluminado) que diz o que eu penso e o que eu faço sem que eu lhe conte, que Sidarta Gautama, o Buda, não se dividiu em milhares de seres, mas que tudo existe dentro de nós, e eles tem características que o Sidarta Gautama tinha. O próprio Dalai-Lama, que como o nome já diz é um Lama, diz que não tem iluminação suficiente para se tornar um Buda (Informação da revista Época de abril de 2006, matéria da capa).

Existe ainda a idéia de Lamaísmo, dos ensinamentos dos Lamas.

Fuga do Tibet

Em 1949, começou a ocupação chinesa no Tibet e a intolerância com o Budismo Tibetano. Aproximadamente 1,2 milhões de tibetanos morreram e 6.200 monastérios foram destruídos, restando apenas 13.

Religiosos foram destruídos.

A Potala, o palácio mais precioso onde ficava o Dalai-Lama, é um grande símbolo do Tibet e do Budismo. Em Março de 1959, o Dalai-Lama saiu disfarçado como uma pessoa comum para não chamar a atenção, pois os Chineses queriam pegá-lo.

Nesta época a Potala estava protegida por 400 soldados, e o Dalai-Lama saiu para protegê-los. Em quinze dias de caminhada o Dalai-Lama e diversos tibetanos atravessaram o Tibet e chegaram à Índia.

Em julho deste mesmo ano o numero de refugiados para a Índia que foram para a mesma cidade que o Dalai-Lama era de 20 Mil. A cidade se chama Dharmsala, e a cidade onde ficava a Potala se chama Lhasa.