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O BUDA - SIDARTA GAUTAMA Por: Ricardo Chioro
A
história de Sidarta Gautama, o Buda, um ser muito especial que atingiu o
nirvana e trouxe caminhos para um número de pessoas se autoconhecer e se
iluminar muito grande, sendo que seus ensinamentos formaram umas das maiores
religiões do mundo hoje, e no decorrer da história ajudou muita gente. A biografia dessa personalidade histórica chega até
nós com muita mitologia em sua vida, mas que são interpretadas.
Sidarta nasceu e sua mãe morreu em seu parto. Dizem
que quando ele nasceu saiu andando da barriga da mãe, mas isso faz parte da
Mitologia Budista. Sidarta era filho de
um rei com muitas posses e muitos servos. Com medo que Sidarta se tornasse
um grande líder espiritual, por causa de uma profecia que dizia que Gautama
seria ou um grande líder espiritual, ou um grande governante. O rei tentou
dominar o dominar a vida de Sidarta e fazer dele um grande governante ao
invés de líder espiritual. Para isto criou seu filho dentro de um palácio,
lhe vedando o mundo fora das paredes do mesmo. Sidarta cresceu sem saber os conflitos psicológicos
que as pessoas passavam, sem saber da existência da velhice ou da morte. Alguns poucos autores descrevem a fase da vida de
Sidarta dentro dos muros do palácio como ele sendo um aluno sem igual para
com seus professores, onde tudo que era ensinado sobre política, matemática
e ciências era brilhantemente absorvido. Pode ser que tenham exageros
tentando engrandecer Sidarta, ou não, pois quem era nobre em tempos antigos
recebia estudo e orientação especial enquanto que os mais pobres não. Também é dito que Gautama nunca se interessou em se
casar com nenhuma mulher. Só uma vez que ele viu uma princesa, se apaixonou
por ela e para se casar teve que enfrentar os melhores guerreiros do reino
da princesa, em grandes duelos. Pode ser também que existam exageros, pois
os filhos de reis antigamente também recebiam ótima educação para lutar. Sidarta foi chegando a maturidade e passou a
desconfiar do que os trabalhadores do castelo estavam omitindo sobre o
mundo.
Gautama
consegue sair para um passeio na rua e viu pobreza, doença, miséria e morte.
Aquilo o chocou. Ele nem imaginava que aquilo existia. Existe um conceito hindu que se chama Maya, e ele
significa nossas ilusões. Uma ilusão criada pelo pai de Sidarta foi
desmistificada pelo próprio Gautama quando ele tomou consciência do que
estava acontecendo. Sidarta decidiu não viver mais naquele mundo ilusório
criado pelo seu pai. Tendo passado a vida no palácio, ele sabia como
funcionava o esquema da guarda e durante a noite fugiu. Sidarta viveu como um mendigo, vivendo do que as
outras pessoas lhe davam. Um tempo depois decidindo encontrar sua
iluminação, resolveu se juntar a um grupo de Brâmanes dedicados a uma severa
vida ascética. Eles se auto-mortificavam e ficavam muito tempo sem comer. O ascetismo consiste em não realizar nenhum desejo
mundano (do mundo) e também fazer praticas de auto-mortificações. Sidarta passou sofrimento como estar com muita fome,
isso foi uma forma de karma também que sofreu pelo mal que fez em outras
vidas, onde tinha muito menos consciência. Depois de treinar por seis anos sem tentando atingir
o Nirvana, mas sem conseguir, percebeu que aquelas práticas não traziam a
iluminação. Descobrindo a verdade volta a se alimentar bem e para de se
auto-mortificar. Ele é abandonado pelo seu grupo, que ficou escandalizado
com suas novas convicções, então se vê sozinho novamente. Sidarta procura seguir seu próprio caminho buscando a
iluminação, confiando no que podemos chamar de intuição, ou sentimentos, ou
coração. Gautama procurava sentir coisas, evitando tecer
qualquer conceitualização intelectual excessiva sobre o mundo que o cercava.
Ele tinha que descobrir o mundo e como ensina um grande mestre da
humanidade: "a mente, mente continuamente, só o coração sabe o que é a
verdade".
Foi
a partir deste momento que Sidarta começou a ter seguidores e passar
ensinamentos para as pessoas. Muitos abandonavam sua vida e iam andando de
um lugar para outro. As histórias tanto de Buda são contadas na forma de
mitos ou se você preferir o termo: parábolas. Diz sabiamente Antonio Carlos
Fragoso Guimarães que "mitos, ou parábolas, ou lendas, resumem poética e
figuradamente verdades espirituais e existenciais". A lenda do Buda conta que Sidarta resolve meditar
debaixo de uma figueira, a Árvore Bodhi. Lá o demônio tenta enredá-lo em
dúvidas sobre o sucesso de sua tentativa de se por numa vida diferente da de
seus semelhantes, ou seja, vem a dúvida sobre o sentido disso tudo que ele
fazia. O demônio representa simbolicamente maya (ilusões)
trazendo duvidas sobre o que ele realmente queria, mas consegue evitar se
levar por esses enganos, sentindo que o que fazia estava correto pois era o
que seu coração, ou intuição, ou sentimento desejava. Na história do Buda, após falhar, o Dêmonio envia
para Sidarta uma de suas filhas que o tenta seduzir com o desejo, outra que
o tenta seduzir com o prazer e outra que tenta seduzir com a cobiça. Sidarta
ao invés de se seduzir percebe sua propensão para estas coisas e com isso
toma consciência de tudo o que precisava para atingir o nirvana. Ele então
torna-se o Buda, que significa iluminado. Buda é o nome que recebe qualquer um que tenha
chegado à iluminação, mas é mais usado para identificar também o fundador do
Budismo, que é um iluminado. Buda então atingiu um nível onde estavam não se via
mais separado de tudo o que existe, mas sim fazendo parte do tudo, atingiu a
plenitude e o fim de sofrimentos, seus sentimentos positivos aumentaram
muito, o que o tornou alguém muito feliz. As questões que o levaram para a vida espiritual
tinham foram resolvidas, sua angustia e crise existencial acabou, pois
pararam de ter relevância, parou de se importar com elas. Os anos seguintes do Buda ocorrem com peregrinações
dele e de seus discípulos através de diversas regiões da Índia. O Buda os
ensinava, e seus discípulos praticavam e meditavam.
Buda
decide voltar para o seu castelo com seus aprendizes, voltando a sua esposa
e filho e levando ensinamentos a sua família toda, incluindo seu pai, tios e
parentes, então muitos deles se tornaram seguidores, incluindo seu filho.
Muitos de seus discípulos se iluminaram. Quando Suddhoddhana morreu, o próprio Buda cuidou do
seu velório. Buda ensina as pessoas se apegarem ao crescimento que
leva ao Nirvana, pois só devemos nos desapegar do que é ruim, não do que é
bom. Quando Buda tinha oitenta anos e sentiu que ia morrer
após ingerir carne de porco estragada pede para que um de seus discípulos
deixar a seguinte mensagem para seus seguidores: "Por que deveria deixar instruções concernentes à
comunidade? Nada mais resta senão praticar, meditar e propagar a Verdade por
piedade do mundo, e para maior bem dos homens e dos deuses. Os aprendizes
não devem contar com qualquer apoio exterior, devem tomar a sua consciência
e o seu self - por seguro refúgio, a Lei Eterna como refúgio... e é por isso
que vos deixo, parto, tendo encontrado refúgio no Eu". Nos conta a história que todos aprendizes do Buda atingiram o Nirvana.
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