O BUDISMO

Por: Ricardo Chioro

(Parte deste texto é canalizada dos Mestres Ascensos)

O Budismo surgiu na Índia através de Sidarta Gautama, o Buda.

Sidarta seguiu o Hinduísmo (também com o nome de Bramanismo) antes de chegar ao Nirvana e praticou o ascetismo dentro dessa religião, mas descobriu que o ascetismo não leva a iluminação e abandonou essa prática. Isso não significa que o hinduísmo é falso, mas o ascetismo não é útil, muitos caminhos dentro do Hinduísmo são verdadeiros e levam a iluminação; ao autoconhecimento que conduz ao Nirvana. 

Não sei quem implantou o ascetismo nessa religião da Índia e nem o porque, mas Buda rompeu com esse caminho, chegou ao Nirvana e construiu um próprio, ainda com muito elementos do Bramanismo.

Além de tudo o ascetismo trás sofrimento e dor. As vezes as religiões são excepcionais e muito boas, mas tem coisas neles que não são, mas tem muita coisa que é e valem muito apena.

Um exemplo desses caminhos errados que existem dentro da religião e que a grande maioria pode concordar, é o sistema de castas imposto pela religião hindu, onde os dalits, pessoas da camada de pobreza mais baixa, não podem subir de casta e levar uma vida melhor.

Estava vendo uma entrevista com o ator Marcio Garcia, que atuou como Bahuan na novela Caminho das Índias, e ele estava contando que os Dalits não tem direito nem mesmo a encanamento e vivem em condições muito precárias.

Sidarta, depois de se iluminar, passou a ensinar as pessoas e ele falava de diversos conceitos hindus como Karma, Dharma, Reencarnação e Samsara. Pois como dissemos o Hinduísmo é verdadeiro.

Talvez algumas escolas (linhas) budistas não aceitariam que Buda ensinava a reencarnação, pois não são reencarnacionistas. Mas como li uma historia de Buda a pouco tempo em que ele falava da vida passada dele e de outra pessoa, então acho que posso colocar reencarnação também nessa lista.

Hoje em dia o Budismo vem adotando o nome renascimento ao invés de reencarnação, estão achando mais adequado vista filosofia ou linguagem do Budismo. Mas eu usei o nome Reencarnação a um conceito Hindu que entrou para o Budismo, porque é essa idéia de adotar um nome diferente para falar de outras vidas é nova.

Algumas pessoas acreditam que o Karma, o Dharma, a Reencarnação e o Samsara no Budismo são diferentes do Hinduísmo, mas não são, são descritas apenas de maneira diferente e de um outro ponto de vista, mas se estudadas e comparadas, podem ver que não se contradizem e que podem servir para um mesmo fim.

Sidarta ensinava as pessoas para que elas crescessem espiritualmente, pois esse crescimento é muito maravilhoso. Crescer espiritualmente é ir em direção à felicidade, realização, contentamento, plenitude, sabedoria, paz, amor, otimismo, verdade, força interior, a não deixar que os acontecimentos nos causem sentimentos negativos e etc.

Sidarta ensinava meditação, aconselhava as pessoas que aprendiam com ele e de sua percepção se formou ensinamentos como as quatro nobres verdades, o caminho óctuplo, a temporalidade, o desprendimento e o sofrimento.

As Quatro Nobre Verdades, que é principal revelação de Buda, é sobre o sofrimento que o ego trás e a forma de superá-lo.

Os aprendizes de Sidarta ensinaram outras pessoas, e estas a outras, ensinavam para outras, e assim o Budismo se transformou em uma das principais religiões do mundo.

No hinduismo se fala em Brahman, que é o que a maioria de nós aqui no Ocidente chama de Deus, o criador de tudo que existe, que está em tudo e é tudo. Sidarta talvez não falasse muito disso, pois se o fizesse, estaria hoje nos conceitos do Budismo. Isso não quer dizer que ele não sabia que Deus existe, mas é que na sua filosofia, na sua forma de descrever o desenvolvimento da consciência, ele não precisava falar de Deus. Hoje isso possibilita que pessoas de outras religiões e ateus pratiquem o Budismo.

Não precisamos nós, seguir apenas o Budismo, pois ele é livre, podemos seguir o Budismo e juntamente outra filosofia ou religião, pois a preocupação do Budismo (Não de todos os budistas, mas do criador do Budismo) não é ser o dono da verdade, mas que você desenvolva sua consciência.