O Misticismo de Nicolau de Cusa

Por: Ricardo Chioro – Riath

Existe na Filosofia de Nicolau o misticismo como Deus sendo o uno, o todo, tudo o que existe e o universo é uma exteriorização do Criador de tudo.

O Criador é infinito e está em tudo formando uma unidade com tudo o que existe.

Estados alterados de consciência como se consegue na meditação pode nos fazer sentir essa união, que não existe separação entre nós, Deus e tudo o que existe, é tudo uma unidade. A iluminação espiritual também pode trazer essa consciência, que é para o Catolicismo a Santidade.

Segundo Cusa a razão não pode atingir a compreensão do Uno porque ela só compreende a natureza evidente.

A razão é inferior a unidade de tudo, pois não pode entendê-la, porém é possível vivenciá-la.

Para Cusa existem quatro graus de conhecimento, que são:

1-O conhecimento dos sentidos: proporcionam-nos informações confusas sobre o mundo.

2-A razão: ele põe ordem no conhecimento dos sentidos podendo classificar o que existe.

3-A razão especulativa, que tem a finalidade de unir o conhecimento das informações captadas pelos sentidos com a razão.

4-A contemplação intuitiva que alcança a ascensão para Deus, o conhecimento de que tudo é uma unidade, tudo faz parte do Criador.

O conhecimento dos contrários também são unos com a realidade de que tudo está integrado em uma só unidade, ou seja: os contrários fazem parte do todo.

Podemos fazer uma analogia com o Taoísmo onde Ying e Yang são os contrários de tudo o que existe, mas tudo o que existe faz parte do Tao, que significa tudo.

A filosofia de Cusa é muito parecida ou até mesmo igual ao Taoísmo, existe a afirmação de que a unidade de tudo engloba a união dos contrários.

O infinito significa que não existe nenhum limite, Deus é infinito e nunca acaba, e também o ponto de convergência de tudo, pois ele é tudo, é a unidade com tudo.

Para Nicolau o homem deve renunciar a toda afirmação e toda negação para atingir a unidade suprema.

O Zen Budismo também busca unificação e perder o limite do Eu para se integrar ao todo.

São semelhanças da filosofia de Nicolau com religiões orientais, isso são significa que ele tenha copiado essas filosofias, pois considerado verdadeira essa concepção, podendo ser vivenciada e especulada diversos homens podem descobri-la com a própria experiência.  

Esse pensamento de Nicolau acaba influenciando outros místicos filósofos como Giordano Bruno e Espinosa.

 

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