O Reino dos Fantasmas Famintos Apresentado pelo Budismo

Por: Ricardo Chioro - Riath

(Inspirado pelos Mestres Ascensos)

Esta é a pintura tibetana dos seis reinos, cada uma das seis partes do circulo são um reino em particular, veja mais nitidamente o local que falamos neste texto abaixo:

O reino dos infernos é o pior lugar para renascer dos reinos existentes do Samsara, que são seis.

Os seres que vivem no local dos fantasmas famintos tem pescoços e estomago muito finos, do tamanho de uma cabeça de alfinete e seus estômagos muito grandes, com isso não conseguem ficar satisfeitos. Estão nessa realidade porque foram muito gananciosos querendo cada vez mais e nunca ficando satisfeitos, são pessoas querem prata, e quando conseguem vão querer ouro, e ganhando o ouro vão querer diamante, são pessoas que não se satisfazem com o que tem, querem sempre mais e mais. É uma ganância sem fim, nunca acaba.

São pessoas que podem roubar, desviar e fazer estelionato e desejam sempre o que é do outro, são insaciáveis em seus desejos. 

Esses seres vivem uma realidade de não se importar com o outro que está perdendo recursos, não liga para o sofrimento ou se prejudica alguém, só se importa com sua ambição.

Não vêem o outro como pessoa, mas como objeto para conseguir o que deseja.

Fantasmas famintos estão sempre querendo mais, nunca se satisfazem com o que tem.

Um amigo meu trabalhou para uma pessoa que na época ganhava cem mil de aluguem de imóveis, mas ele abriu uma locadora de veículos, ele podia passar a vida sem trabalhar com a renda que ganhava, mas queria sempre mais e mais e mais... Esse valor é referente ao ano de 2004, hoje o valor que ganhava com imóveis é muito maior por causa dos impostos.

Pessoas assim sempre querem mais, mesmo não tendo o que fazer com tanto dinheiro.

Bel Cesar que é uma terapeuta budista fala coisas interessantes sobre a personalidade de quem está sempre cobiçoso.

Bel ensina que quando queremos agradar e ajudamos uma pessoa cobiçosa, ela se aproveita da tentativa de aproximação e reclama do que não fizemos por ela.

Ela age dessa forma porque não valoriza sua atitude de ajudar, mas sempre quer mais e é uma forma de controlar também o outro, portanto são egoístas, só vêem o seu lado e não o do outro.

No Budismo Tibetano pessoas assim na hora de renascer vão para o Pretaloka, ou seja O Reino dos Fantasmas Famintos.

O estomago grande lhes proporcionam muita fome, mas é incapaz de satisfazê-la por causa da garganta e bocas extremamente pequenas.

Bel Cesar ensina que os seres do Pretaloka sempre querem mais e se lamentam pelo que não tem.

A falta de valorização pelo que conquistam os faz incapazes de desfrutar o que tem, seus apetites são enormes.

Para uma pessoa gananciosa, os fins justificam os meios, então eles podem cometer crimes sob seu ponto de vista.

Existem três tipos de seres no Pretaloka:

 

1-Os que tem fome e sede o tempo inteiro, não enxergando todo alimento que tem perto deles, mas se enxergarem não conseguem obtê-lo, gerando uma frustração muito grande.

 

2-Os que conseguem se alimentar, mas a comida vira coisas nojentas.

 

3-Os que não conseguem se alimentar porque a bebida e a comida se tornam incomestíveis como veneno.

 

Os fantasmas do reino que estamos abordando vivenciam 6 formas de karma negativo:

 

1-Calor Intenso.

 

2-Frio Intenso.

 

3-Fome por séculos sendo que se conseguirem se alimentar, então a comida vira fogo em seu estomago.

 

4-Sentir sede também por séculos, caso consigam beber o alimento se transforma em ácido nos seus estômagos.

 

5-Ficam extremamente cansados em buscar comida e água que aparecem em sua frente e desaparecem quando vão pegalas.

 

6-São destruídos por fantasmas maiores que eles, ou por guardiões que protegem bebida e comida.

 

O sofrimento neste reino é intenso, porem os fantasmas saem dele quando despertam a consciência.

Segundo Bel Cesar é importante adquirir o conhecimento da natureza dos desejos, assim seremos menos influenciado por eles.

Nesse texto falamos de insatisfação, que é um tema que tem muita importância no Budismo. Falamos sobre sempre querer mais e não desfrutar o que se tem.

Creio que a solução para sair do mundo faminto é entender e enxergar sua própria cobiça, isso faz com que ela diminua, tornando o ser mais saudável emocionalmente e mentalmente. Existe um elo simbólico de quem vive nesse mundo de fome com o que está em sua mente, então o ambiente externo facilita o conhecimento interno, porém pessoas desvinculadas a espiritualidade não se importam com autoconhecimento, isso acaba sendo um obstáculo que os prendem ao Pretaloka por mais tempo, buscando a realidade de sua situação psicológica e com isso trazendo alguma transformação interior.

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