Pretos Velhos da Umbanda

Por: Ricardo Chioro - Riath

(Inspirado e intuído pelos Mestres Ascensos)

Os pretos velhos não são necessariamente nem pretos e não são velhos.

A Umbanda se manifesta por arquétipos, então velho é o arquétipo da sabedoria, e esses anciões espirituais são muito sábios.

Não tiveram também necessariamente encarnações em que foram escravos aqui no Brasil, mas são seres que tem afinidade com o trabalho que os Pretos Velhos realizam, também dotados de sabedoria e conhecimento para realizar as ações dos anciões.

Não foram necessariamente escravos no Brasil, mas muitos foram, e contam suas histórias na época da escravidão.

Os Ansiões da Umbanda são sábios e magos, quando encarnados ou no astral adquiriram conhecimentos sobre curas, magias e manipulação de ervas das quais usam no terreiro, são ligados a energia de Omulu, Nana Buruquê e Obaluayê, orixás da evolução e geração.

Eles realizam bemzimentos com ramo de arruda, rezam seus terços, fluidificam a água, não são fumantes, mas usam o fumo para enviar energias de harmonia e limpeza energética, recitam remédios, tratamentos caseiros para problemas ou falta de saúde, podem usar rosários, patuás, figas, cruzes, cigarro de palha, cachimbo como elementos magisticos ou energéticos. São iniciados.

O conhecimento é regido pelos Orixás Oxossi e Obá, já a sabedoria por Nana e Obaluayê, então existe uma diferença entre conhecimento e sabedoria.

A sabedoria vem da evolução, da experiência.

Evolução é sair de um estágio e ir para outro melhor, tudo no mundo evolui, as ciências, a justiça, a lei e etc.

Os traços da personalidade desses “velhinhos” são carinhosos, pacientes, tem ternura, são conselheiros, dão muito amor e despertam a esperança nas pessoas.

A idade avançada simboliza o grau extremamente grande de espiritualidade desses seres, estão além do Nirvana.

Um iluminado seria um adulto ou até mesmo um adolescente, mas progredindo mais avançariam na idade espiritual simbolicamente.

Nada pode ser triste quando se tem esperança, li essa frase de um dirigente amigo meu, o Michel.

Os anciões são mestres da sabedoria e humildade.

A forma curvada que incorporam não é por causa de idade, mas é o seu arquétipo do sábio, além de expressar a energia telurgica-aquatica dos Orixás da evolução que possui a qualidade da estabilização que esses sábios carregam, são especialistas na cura emocional e trabalham a evolução nos sete sentidos: fé, conhecimento, amor, lei, justiça, evolução e geração, linhas que atuam os 14 orixás principais de nosso planeta, então os espíritos que são tema deste texto não atuam somente na evolução e geração, mas em todas essas sete linhas.

Eles trabalham a evolução nos sete sentidos.

Eles ensinam a humildade, a simplicidade, o amor, a caridade, o perdão e etc. Ensinam como a raiva, a magoa atrapalham nossa evolução, mas não só isso como muito mais, mostrando caminhos bons e do bem para seguirmos, assim ensinam que somos responsáveis pelo que nos acontece porque são frutos do que nossa mente atrai.

Eles tem conselhos para cada momento da vida que passamos.

No Livro Tambores de Angola de Robson Pinheiro, obra psicografada de um espírito que conta que trabalhou ajudando um espírito que em determinado momento foi a um centro umbandista e tomou a forma de um velho negro e incorporou, mas nem sempre os anciões tomam a forma de pessoas de idade avançada, as vezes se apresentam com outros corpos.

A dirigente do centro que freqüento me contou que via a preta velha que cambonava, quando iniciou na Umbanda, como loira de olhos azuis, o que a deixou perplexa, pois ela não tinha os conhecimentos que estamos escrevendo nesse texto, mas com esse vivencia começou a adquirir e ensinou as pessoas de seu centro.

Esse texto foi escrito principalmente com as informações que recebi no centro que faço parte, e por um texto escrito por Carla Real Deva Nadeen.

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