RUNAS

Por: Miriam Carvalho

Runas são sinais que representam homens, animais, partes do corpo humano, motivos de armas, símbolos solares, de transportes, de tempo, de sentimentos, etc. Surgiram nos países teutônicos, muito antes da aparição da escrita quando havia apenas a transmissão do conhecimento de boca em boca.

As Runas são também símbolos mágicos, de um antigo código de mensagens, usados como oráculo, cujos significados profundos, eram apenas conhecidos por sacerdotes e transmitidos em segredo de pai para filho entre os celtas.

A palavra “Runa” vem de um termo gótico que significa sussurro, coisa secreta e, seus símbolos, com o advento da escrita, foram associados ao alfabeto Celta - “FUTHARK”.

Cada Runa tem um nome associado a uma idéia ou mensagem.

São 24 Runas com símbolos e uma em branco, ou RUNA de ODIN e que, correspondem, também, às vogais e consoantes do alfabeto latino.

A gênese dos Nórdicos é relatada nos poemas irlandeses no século IX - Edda poético. Odin é protetor dos exércitos, dos mortos em batalha, da magia, dos magos e dos andarilhos.

Conta a lenda que Odin, protetor das runas – seu nome significa Vento ou Espírito - desejou ser o conhecedor dos mistérios mágicos e, para tanto, entregou-se a um ritual de sacrifício ficando pendurado nove dias e nove noites de ponta cabeça, na Yggdrasil (arvore do mundo ou árvore do conhecimento), ferido pela própria espada, com fome, sede e dor, sem auxilio e sozinho.

Após esse ritual de sacrifício, antes de cair, avistou as Runas e conseguiu apanhá-las. Não satisfeito pediu permissão para beber água na “Fonte do Conhecimento” do Gigante Mimir, não hesitando em entregar em pagamento um de seus olhos.

Odin, antes de atingir a condição de divindade, possuía uma equipe de guerreiros-sacerdotes. Esses guerreiros tinham treinamento xamânico.

Conheciam a radiestesia.

(Dolmens, que drenavam e canalizavam a energia, usados também como câmaras funerárias).

Guiavam-se pelos fenômenos náuticos, características do oceano como a cor, temperatura, correntes marítimas, movimento dos seres marinhos, vôo as aves, sol, estrela polar etc.

Em termos antropológicos, Odin foi chefe de uma comunidade tribal da Ásia, seguindo depois para a Escandinávia. Possuidor de poderes psíquicos podia fazer contato com o mundo dos espíritos e adivinhar o futuro graças aos seus poderes de clarividência e facilidade para entrar em estado alterado de consciência.

As runas são mágicas e para serem usadas como oráculo, podem ser gravadas em qualquer material da natureza tipo: sementes, seixos, conchas, cristais, madeira, osso, couro, argila, larva de vulcão etc.

“Mestre interior é a serenidade que vem da certeza de que sempre existirá uma passagem que leva, do escuro profundo, para a luz clara do dia, sempre! Sua orientação se dá quando a intuição se faz mais forte do que as dúvidas da razão e diz que, essa é a hora e aquela a direção”.

Miriam Carvalho: atendimentos com Runas e Taro Egípcio

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