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Culpa

  Por: Maria Cristina Nascimento

Culpa é a sensação resultante de uma cobrança interna que vem, nasce do nosso mental.

Toda a culpa vem de uma exigência absurda de como eu deveria ser, não expressa a minha necessidade, não respeita o que realmente sou. É um julgamento e condenação que faço com a mente a respeito de mim mesmo. Nesta situação não existe respeito nem amor para comigo mesmo. É uma expressão de ódio através da condenação. A culpa pode se expressar sob duas formas:

1 – Em relação a si próprio: eu não fui bom o suficiente, me cobro, tenho que compensar (tudo que faço por obrigação no futuro gera cobrança, apenas o que faço por prazer e vontade é bem aceito e fica leve).

2 – Em relação ao outro: cobro a atitude do outro. Na realidade é uma defesa, projeção da auto culpa. Enquanto critico, cobro o outro me dou um pouco de paz.

Esta cobrança pode vir de muito longe, atravessar muitas vidas, até que a forma enxergar os nossos erros se modifique. Podemos então compreender o transtorno que a culpa cria em nossas vidas. Nos colocamos e até nos mantemos em situações sofridas para nos punir. Acreditando que esta punição nos libertará, que seremos merecedores de absolvição se pagarmos sofrendo bastante, estamos na verdade apenas cultivando o ódio em relação a nós próprios, nos mantendo estacionados no tempo, nos impedindo de evoluir. Ao contrário do que acreditamos, culpa e punições são forças contrárias a evolução.

No estudo a respeito das possibilidades que a reencarnação oferece rumo a evolução, tenho observado o quanto as pessoas perdem tempo apenas sofrendo, sem que isso as leve a um crescimento verdadeiro.

Na tomada de consciência não basta apenas enxergar a atitude desastrosa e se propor a uma nova vida com ações contrárias. É preciso também nos libertar da nossa cobrança, do nosso julgamento. Este é o verdadeiro perdão.

Enquanto não fizermos isso criaremos na vida punições, dificuldades que nos impedem de realizar com amplitude aquilo que propomos.

A saída da culpa é o autoperdão, cultivado pelo exercício de me aceitar como sou, de observar meus erros acreditando que sou um ser em evolução, que o fato de poder vê-los já indica que cresci, que aprendi que tenho condições de modificá-lo, através do poder de criar novas atitudes. Não exigir a perfeição já, pois isso gera mais cobrança e culpa e, portanto um maior afastamento de mim mesmo.

Vejo muitas pessoas com dificuldades de se enxergar, pois nas suas vidas se cobram, se punem tanto que até por uma defesa saudável passam a não se enxergar para se pouparem. O enxergar dificuldades só é uma atitude proveitosa quando acompanhada de aceitação, pois aí sim nos leva a atitudes de verdadeira transformação e crescimento.

Exercício: Busque na sua mente uma situação em que você se sentiu errado e culpado. Observe como essa lembrança dói e como você convive a tempos com ela sem sair do lugar. Veja como por se cobrar você até se impediu de caminhar para frente não se sentido merecedor. Agora procure razões que na época você tinha para agir daquela determinada forma. Observe como hoje o seu ponto de vista ampliou. Como você vê a situação de outra forma. Sinta a alegria que essa sensação lhe dá. Agora se liberte da crítica e cobrança, aceitando que você fez o que podia, e que agora você pode mais pois você cresceu. Se perdoe definitivamente.

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