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O
Rompimento Amorosa Aconteceu! E Agora?
Por: Maria Aparecida Diniz Bressani
Sempre que começamos um relacionamento apostamos que “agora”
seremos felizes e que o outro também será feliz conosco. Muitas vezes
acreditamos que encontramos a pessoa com quem iremos passar o resto das nossas
vidas juntos.
Mas, e quando isto não acontece? E quando por algum motivo nos
separamos? Ou porque o parceiro se apaixonou por outra pessoa, ou porque morreu,
ou também, porque mudou-se e não quer manter a relação à distância. Existem
tantos motivos que levam a um rompimento...
De qualquer forma vemo-nos sós, magoados e sofrendo. O que fazer agora?
O primeiro passo é aprender a lidar com a frustração. Não deu, fazer o que?! Nem
sempre podemos realizar nossos sonhos. Frustração, infelizmente, também faz
parte da vida. Não é fácil!
Neste primeiro momento tendemos a nos deprimir. Alguns reagem se recolhendo e se
encolhendo, outros não param em casa “para não pensar”. Este estado depressivo
deste momento é importante para que possamos vivenciar o luto da relação que
morreu. Precisamos chorar tudo que temos direito. Isto não quer dizer nos
chafurdar na frustração, mas apenas vivenciá-la como algo que é um fato, de
fato. A relação morreu! Não vamos mais realizar todos os nossos sonhos com
aquela pessoa.
Passado este primeiro momento precisamos continuar em frente, pois, afinal,
estamos vivos. A relação morreu, mas nós estamos vivos.
Para que possamos continuar em frente, precisamos apostar no Amor. Se, por
acaso, ficamos presos na primeira fase (deprimidos) é porque não acreditamos no
Amor.
Então, para superar uma perda amorosa é fundamental acreditar no Amor. Acreditar
que o Amor está no ar! Bola para frente! Acreditar que ter uma relação amorosa
não um privilégio daquela pessoa nem com aquela pessoa. É privilégio e um
direito nosso, enquanto seres humanos e indivíduos que somos! É acreditar que o
Amor está dentro de nós e só precisamos de um “alvo”, onde miramos e - bingo! -
lá está o amor, de novo, na nossa vida.
Mas, para acreditar que o Amor está dentro de nós precisamos de um terceiro
ingrediente: apostar no nosso potencial de amar. Será que acreditamos que temos
o Amor dentro de nós e que temos o potencial para amar e, assim, compartilhá-lo
com alguém? Será que acreditamos que o Amor que temos dentro de nós é bom o
suficiente para alguém recebê-lo e ficar satisfeito?
Se partirmos da premissa: que relacionamento amoroso é troca de Amor, o que
iremos trocar se não acreditamos que temos Amor dentro de nós? O que iremos
trocar se acreditamos que o que temos não é bom o suficiente para alguém
querê-lo ou ficar satisfeito?
Então, é fundamental que, além de aprender a suportar a frustração de um
rompimento amoroso, para superar esta frustração é importante não apenas apostar
no Amor, como também é fundamental apostar no Amor que está dentro de nós e no
nosso potencial de amar - este Amor bom, caloroso e aconchegante que podemos
oferecer.
Enquanto não temos internalizada a crença de que, realmente, temos o Amor dentro
de nós e que é algo bom, ficamos vagando de relacionamento em relacionamento
“atrás” do Amor e da sensação de ser amados, passando por vários rompimentos
(tudo o que não queremos!!) e sofrendo.
Quando uma situação se repete com muita freqüência em nossa vida precisamos
tentar entender o que “ela” - esta situação - está “querendo nos dizer”.
Mudam-se os atores, mas os personagens são sempre os mesmos! Precisamos parar um
pouco e fazer auto-análise sobre as nossas escolhas, sobre o tipo de pessoas que
escolhemos para nos relacionar e também o porquê de o fazermos sempre assim. É
necessário assumir responsabilidade sobre nossa vida e sobre nossas escolhas
para poder mudar, caso contrário, seremos sempre “vítima” das situações que
acontecem em nossa própria vida, o que não é, em absoluto, verdade.
Precisamos nos libertar das amarras do sofrimento e do vitimismo de determinadas
situações e apenas o autoconhecimento e a auto-responsabilidade podem nos
proporcionar esta libertação.
Lá vou eu parafrasear Jung novamente. Ele diz que temos tudo dentro de nós.
Então, temos também o Amor dentro de nós!
Uma boa maneira de se convencer de que se tem o Amor dentro de si é fazer uma
retrospectiva da própria vida e perceber-se atuando com cuidados e preocupações
- às vezes explícitos, às vezes implícitos - com alguém (nem que seja com um
bichinho, pois, às vezes é mais fácil nos soltar e dar carinho para um bichinho
do que para outras pessoas!) e que o problema está na dificuldade de expressão
deste sentimento - o que, inclusive, é muito comum para muita gente.
Então, aconteceu um rompimento amoroso? Pois é, aconteceu: é passado.
Mas aconteceu neste final de semana! Já é passado. Pode até ter sido ontem:
continua sendo passado.
Rompeu? Então, chore tudo o que você tem direito a chorar, fique profundamente
triste... mas no dia seguinte, levante-se, vá viver a sua vida – mais
autoconsciente e lúcido – apostando no Amor e em seu potencial de amar – no Amor
que tem dentro do seu coração!
Entregue-se, sim, mas ao Amor que está dentro de você. Coloque-o em sua vida,
doando-o a todos a quem você ama.
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