APORTES E PORTAS DIMENSIONAIS |
Um inglês se aproxima do paranormal indiano Sai Baba e este lhe oferece
uma lembrança. Vindo do nada, um relógio de pulso bastante sofisticado surgira
nas mãos do iluminado, ante o queixo caído do ex-colonizador. Mais tarde, este
descobre que o relógio tinha desaparecido de uma loja em Londres e que, no seu
lugar, aparecera as libras como pagamento. Isso aconteceu há um ano ou pouco
mais, e o fenômeno do aporte está cada vez mais freqüente entre nós. Nem
adianta perguntar de onde vieram as tais libras esterlinas.
Um grupo de médiuns se reúne no Centro Espírita Frei Luís, em
Jacarepaguá, na cidade do Rio de Janeiro, para receber os mais diversos
objetos. Entre eles, a testemunha que felizmente pode relatar tudo com detalhes,
um dos maiores pesquisadores brasileiros, o eminente professor Mário Amaral.
Anos depois, o pesquisador descobre em Minas Gerais o “latifundiário de
energia” (segundo Teotônio Vilela), o espetacular Thomas Green Morton, que não
só materializa toda a sorte de objetos ou seres vivos - inclusive um ET - mas
também faz o caminho inverso, isto é, desmaterializa o que bem entende,
incluindo a si mesmo.
Um fato novo? Longe disso. As mais diversas culturas falam de uma plêiade
de aportes, como o maná que salvou os hebreus da fome no deserto, ou os pães e
peixes materializados por Jesus Cristo. Na verdade, alguns relatos podem ainda
nos fazer recuar milênios na História. Ao Egito.
As pirâmides supostamente foram construídas para receber não só os
cadáveres mumificados das famílias dos faraós, mas os mais variados animais,
de insetos a macacos. Ao faraó e sua esposa estaria reservada a câmara real,
estrategicamente situada a um terço da altura a partir da base, protegida por
um labirinto de túneis e sub-câmaras, além, é claro, das “maldições”
que viriam a cair sobre as cabeças dos infiéis que perturbariam o sono eterno
dos ramseses e tutmeses. No entanto, a câmara real nunca foi ocupada pelos
reais destinatários... Que desperdício de trabalho e de matéria prima, não
é mesmo?
Ou será que a tal câmara não era tão real assim?
Talvez o supremo esforço para otimizar aportes regulares?
Então, o que nos teriam oferecido as
civilizações que contactaram os egípcios? Seriam eles extra-terrestres, ou
viriam da própria Terra, do nosso futuro ou da misteriosa Atlântida? Tudo o
que podemos fazer é especular, como relata o pesquisador Rémy Chauvin no seu
livro “Mapas do Desconhecido”, editado em Portugal. Curiosamente, esse
pesquisador agora se dedica à TCI.
No momento em que os aportes se configuram
como uma realidade, então é possível que...
-
os mais diversos animais tenham sido recolhidos antes da sua extinção,
e que o acêrvo de DNA nunca tenha se perdido. O mesmo é válido para as espécies
vegetais.
-
o inverso tenha também acontecido, com a implantação de novas espécies
ou o cruzamento com as autóctones. O trigo, por exemplo, surgiu de uma mutação
quase instantânea em termos de evolução. O próprio ser humano evoluiu num
lapso de tempo surpreendente.
-
pessoas tenham sido salvas da morte iminente, abduzidas no momento
crucial, como tripulações inteiras que sumiram de navios.
As vozes podem, sob certo aspecto, ser
consideradas como aportes de energia na forma de vibrações magnéticas ou
sonoras. Com o avanço vertiginoso da TCI, a freqüência dos aportes vem
aumentando. Como tudo é feito organizadamente, de acordo com um plano superior,
podemos esperar que estas portas dimensionais sejam metodizadas, ou que tenhamos
em casa uma espécie de “filial” das pirâmides. O planeta teria que passar
por uma transformação de gigantescas proporções para encarar esse novo
poder.
Como se comportaria o mercado se houvesse uma completa liberdade de ir e
vir? As alfândegas perderiam a função, e o controle da economia mundial
deixaria a órbita dos governos. Só a idéia de um planeta sem fronteiras nem
especulações cabe aqui, como sonhou John Lennon. A relação da procura e
oferta ficaria totalmente à deriva, algo como a perda do poder absoluto dos
jornais ante a tribuna livre da Internet. Além disso, temos a eterna questão
do copyright. Felizmente, nenhum pintor do Lado de Lá ainda não exigiu
percentagem dos quadros recebidos através da espetacular mediunidade de
Gasparetto, e o único processo que moveram contra nosso Chico Xavier resultou a
favor do médium e não da família do escritor desencarnado.
Imagine o drama de um fiscal do ISS batendo
na casa de um ás do aporte, sendo recebido pelo filho:
___”O papai está?
___”Não, ele foi para Marduk hoje de manhã.”
___”E quando ele volta, meu filho?”
___”Ele disse pra mamãe não o esperar
pro jantar, que ele só volta pra ver o cometa Halley.”
Praticamente auto-suficiente, sem
necessidades a pesar na sociedade, o novo homem faria o anacrônico Clark Kent
morrer de inveja. O crime sumiria com a morte do desejo, e as escolas de
catecismo fechariam por falta do que ensinar. Calma no lugar de Karma seria a
palavra de ordem!
A fantasia do homem já visitou a
possibilidade de aportes em séries de TV como Star Trek ou em filmes como A
Mosca, onde um teletransporte mistura os genes de uma mosca com um ser
humano. Teriam as entidades o mesmo risco? Como fazer com que um objeto
inexistente até um determinado momento ocupe o espaço de um grupo de átomos,
ainda que seja apenas o ar atmosférico? Essa simples questão demonstra como
estamos por baixo tecnologicamente, o quanto temos que aprender... Não há o
que contestar, os aportes acontecem desde que o mundo é mundo e nos cabe
experimentar, comparar, anotar, lutar contra o deboche medíocre, aceitar a
volta ao rés do chão quando desejarmos moldar os fatos à revelia das evidências...
Estes são os tempos dos alquimistas imaginando a química.