VIOLETAS NO WINDOWS

 

 

 

 

 

 

     O avanço tecnológico das entidades no uso dos computadores tornou obsoleto o uso da TV como instrumento de transcomunicação. A pesquisa quadro-a-quadro dos chuviscos, além de tediosa, fez pifar muitos video-cassetes e algumas retinas; mas o sistema tem o crédito de nos ter oferecido imagens em movimento e as primeiras fotos de Marduk. O impacto foi muitas vezes superior ao da obtenção das vozes. Eu mesmo me surpreendo folheando a “Ponte entre o Aqui e o Além” para rever aqueles valiosos documentos, nada de lances heróicos, mas um casal dando as mãos no rio, rostos em frente da transcâmera denotando falta de intimidade com esse meio de comunicação...

 

O  computador pode ser utilizado pelas entidades para o envio de textos com a extensão doc, transfotos com diversas extensões (.iff, por exemplo), e logo teremos as vozes sem os problemas de clareza, quando eles usarem a extensão wav, e filmes com a extensão ani. Viu, Mr. Gates? A Informática foi mais longe do que sonhou a sua vã filosofia. Podemos até imaginar uma home page controlada pelo além. Quem tem acompanhado o vertiginoso desenvolvimento da TCI não levantou a sobrancelha ao ler a última frase. Tudo, TUDO é possível. Fim do milênio? Parte de um plano do astral com o objetivo de salvar a Terra? Resultado natural do avanço científico de ambos os lados? De qualquer modo, somos parte de um processo, estamos tentando ajudar com toda a nossa limitação, somos “pioneiros” (as vagas para pioneiros estarão abertas ainda durante uns dez anos) e, portanto, nos pesa uma grande responsabilidade.

 

___”Tem que divulgar!”

Assim respondeu uma voz quanto à essa série de artigos que nossos amigos acolheram na Internet. É nossa obrigação comentar, oferecer nosso material para a Humanidade, ainda que passemos por show-offs ou lunáticos. Temos de confessar que temos uma pilha de dúvidas, que cada novo conhecimento em relação ao Outro Lado nos convence que nada ou quase nada sabemos. Todo o nosso material pertence a quem desejar publicar ou analisar, mesmo que se constitua em pequenas frases isoladas, quase sempre formadas por substantivos e interjeições.

 

Não temos a ilusão, nem nenhum transcomunicador deve ter tal pretensão, de que vamos mudar o modo de pensar das pessoas, ou melhorar o mundo. Para cada voz que divulgamos há uma reação diferente do “atingido”. Quando estão esgotadas todas as hipóteses capazes de aliviar o choque do novo conhecimento, resta um nariz torcido ou um olhar desconfiado. Freqüentemente perdemos um amigo de esquerda (que considerávamos mais forte). Foi assim quando tentamos presentear um amigo com uma sessão da fantástica Dona Célia Silva. Ante à enxurrada de informações que a médium ofereceu à assistência, ele admitiu:

___”É a maior telepata do mundo.”, como se a telepatia já fosse um fato aceito pela Ciência. Mas seria melhor aceitar isso do que a existência dos espíritos...

 

As vozes não podem ser confundidas por radioamadores, interferência das estações, brincadeiras de gozadores, pois falam diretamente com os experimentadores usando os seus nomes, ou usam diversos idiomas na mesma frase. No entanto, temos de prestar muita atenção para não misturarmos as bolas. Nem sempre as vozes nos chamam pelo nome, nem respondem às perguntas com palavras objetivas. Só muita paciência, muito trabalho, muita humildade e muita pesquisa podem nos ensinar as diferenças. De qualquer modo, os erros são parte dessa longa estrada.

 

A tentação maior a ser superada é a de aparecer na comunidade, mesmo às custas de “mentirinhas pias”. Quando um suposto “Elvis” respondeu a uma pergunta, ficamos com receio da divulgação da experiência. Mas, por que não? Mr. Aaron é um espírito como todos os outros, e deve ter o maior carinho com quem se lembra dele. A voz não necessariamente teria de ser dele, e só uma comparação das voice patterns poderia dar um laudo final. Esse conhecimento ainda nos falta (hoje é 14 de Setembro de 1997). Seriam as vozes das entidades reconhecíveis por comparação, ou haveria perdas desde as outras dimensões até a nossa? Se a resposta fosse sim, teríamos um caminho para a comprovação definitiva, se o material que nos é oferecido não é o bastante...

 

Outra tentação é o oposto, o de escondermos os resultados, sentirmo-nos como se alguém violasse nossa correspondência ou encararmos o povo “lá fora” como um monte de bisbilhoteiros. Estamos com uma baita missão nas mãos, que consiste em  passarmos adiante o pouco que nós sabemos para que a pesquisa possa avançar um tantinho.

 

Nada nos garante que uma mensagem ou uma voz tenha sido enviada por um espírito dito superior ou seja obra de um galhofeiro. Um pesquisador fluminense teve uma mensagem de teor elevado interrompida por uma voz feminina, que dizia odiar a entidade que se comunicava. O esclarecimento espiritual em nada coincide com seu conhecimento acumulado na Terra. Uma entidade mal intencionada pode dominar a técnica da TCI, como as mensagens recebidas por Manfred Boden (v. pgs. 164 e 165 da “Ponte”) em seu computador. Mesmo as confirmações podem vir de fontes não confiáveis. No entanto, num ou noutro caso, fica provada a existência post-mortem, que é o principal objetivo da maioria dos experimentadores, pelo menos no início.

 

Isso nos leva diretamente ao caso das ligações telefônicas, sejam da Terra paralela, de Marduk ou de um outro tempo. O poeta Coelho Neto afirmou ter recebido chamadas da netinha, o que confortou a sua filha e desabou com o seu materialismo. O materialista, aliás, está muito mais perto do fanatismo do que o crente! Após uma comprovação, ninguém segura um ex-materialista. O professor Mário Amaral, considerado como o maior pesquisador brasileiro vivo, também teve uma série interminável de telefonemas, sempre que chegava das sessões do Centro do Frei Luiz. Eram espíritos sofredores colocados na linha para serem doutrinados pelo já cansado mestre... O identificador de chamadas nunca registra a origem da ligação, apesar de que já houve explicações sobre o método utilizado pelas entidades: a ligação partiria do próprio aparelho, funcionando de modo semelhante às comunicações via gravador, com as vantagens de um diálogo franco,  frases mais longas, bem construídas e uma duração que pode chegar a dez minutos.

 

Usando a velha analogia, em breve as ligações serão feitas por modem e incluirão a imagem do transmissor. Tudo é uma questão de tempo e de energia.

 

Em suma, eles estão usando todos os esforços para uma nova era no mundo das comunicações, e esperam de nós paciência, método, humildade e amor. Inimigos da TCI são muitos em ambos os lados, pois carregamos conosco nossos sonhos, nossa luz e nossos vícios...

 

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