EU NÃO SOU DAQUI |
Recentemente recebemos a visita do bem sucedido casamento entre a
paranormalidade e o mundo dos negócios, o professor Weiss. Recomendamos a
leitura imediata de tudo o que esse senhor tenha escrito, e também a aquisição
das fitas para meditação. Os seus livros conseguem transmitir com emoção as
suas experiências no campo da terapia das vidas passadas, e lança um holofote
no polêmico assunto do carma. A rememoração das outras encarnações, no
entanto, pode vir naturalmente, sem o auxílio da hipnose.
Muito foi dito sobre a fragilidade da memória de outras vidas. Woody
Allen, inclusive, sugeriu a fundação de um Clube de Senhoras Que Foram Cleópatra...
A simpatia por um ídolo pode levar facilmente a um erro de leitura. Geralmente,
é melhor guardar as suas impressões para si mesmo, não apenas para escapar do
deboche, mas porque a chance de errar (onde tudo é subjetivo) pode ser enorme.
Agora, só entre nós: quem não quer saber sobre o seu passado? Seja por
mera curiosidade, o que não invalida nada; por necessidade de curar algum mal
de origem remota, o que é urgente; ou para aperfeiçoamento pessoal, o que é,
afinal, o nosso objetivo no planetinha azul. Conhecer-se melhor é uma virtude,
não é perigoso e nem merece castigo!
Eu estava para completar meus 18 anos, quando
uma amiga de minha mãe, a doutora Helena Paes de Oliveira, nos convidou para
uma sessão de materialização. Mamãe estava bastante preocupada com a
aproximação do meu aniversário, mas escondia os seus temores. Ela tinha a
esperança de pedir à entidade materializada (Catherine de Laborieux) para que
eu não morresse antes dos 18 anos, como já acontecera três vezes. No entanto,
eu sentia que era essa a sua intenção, e a tranqüilizei, afirmando que nessa
vida seria diferente... pois eu me lembrava de uma passagem em Estrasburgo (Alsácia),
outra na França e uma terceira (esta com todos os detalhes) em Charlotteville,
Virgínia (USA), sempre o mesmo final: desencarne aos 17.
A sessão merecia por si só um livro inteiro! O modesto Centro de
Umbanda na rua Vítor Meirelles (subúrbio do Rio) era um verdadeiro estúdio de
efeitos especiais, que faria o Steven Spielberg mudar de ramo. Um milhão de
luzes iam e vinham do teto a um palmo dos nossos narizes, a água a ser
fluidificada fervia sobre uma tábua, cruzes fosforescentes volitavam pelas
nossas cabeças. Um vento com aroma de rosas percorria a sala fechada. Nenhuma
produção brasileira teria orçamento para isso... Enfim, a figura diáfana da
freira passou pela minha mãe e disse :
___”NÃO
SE PREOCUPE, DESTA VEZ O SEU FILHO NÃO DESENCARNARÁ AOS DEZESSETE ANOS.” Não
preciso dizer que a médium vira mamãe pela primeira vez, e que Catherine, em
ectoplasma, tinha pelo menos metade do seu peso.
A
terceira foi fácil verificar através de um software, onde toda a minha família
está incluída (depois do meu nome, Daniel Davies, vem uma interrogação; o
recenseamento só aconteceu depois da minha passagem). No entanto, foi a encarnação
entre essa e a atual a que mais me preocupava, pois só tive acesso a ela quando
um dos protagonistas (e ele tinha apenas oito anos!) me reconheceu e me chamou
pelo nome... em russo. Para efeito do artigo, tenho de me referir também à
minha primeira passagem na Terra, onde cheguei com um belo pontapé no traseiro.
Eu fui um “exilado de Capela”. Dessa encarnação eu me lembro de um enorme
continente, que ia de polo a polo e de uma larga extensão de terra calcinada. O
que teria acontecido por lá? Ainda que eu me esforce, este mistério persiste.
Eu ajo sempre como advogado do diabo com
essas lembranças. No caso da encarnação de Capela, a confirmação foi dramática,
pois um dos meus companheiros de despejo (cujo nome não posso revelar) se
materializou na frente de três testemunhas (eu, meu sobrinho Cláudio e um
amigo, o Michel), usando três aparências diferentes para cada um de nós (um
menino louro, um mulato e um negro). Minha mãe, que também estava presente,
nada viu. Bem estranha, essa vida, não? Tanta coisa acontece comigo, que eu
pressinto que todos têm muitos casos semelhantes para contar, mas evitam se
expor. Para o bem da Ciência, pelo menos na Internet que fique isto registrado.
Preocupado com a ética eu evitei, nas minhas primeiras sessões de TCI,
confirmar essas encarnações. Com o passar do tempo, o desejo de ter um SIM que
me sossegasse, me fez arriscar uma ou duas vezes, sem sucesso. Ontem (dia
10/10/1997), o Lázaro me convidou para a sua sessão. A TCI renderia 16
mensagens ou respostas, o que me encheu de ar quente... Por alguma razão energética,
ou para recepcionar o “intruso”, questões capitais a meu respeito foram
respondidas claramente, como também confirmações do trabalho desenvolvido por
uma médium, dona Fiorella (seu material nos chegou às mãos através da
ASTRANS e continha inclusive, a origem planetária do Lázaro, o planeta Noemus,
que eu, particularmente, ignorava por completo).
Pergunta-
Pedimos para confirmar a origem planetária do Lázaro, de Noemus, e do Stil, de
Capela.
Voz
masculina responde- É, É VERDADE.
Pergunta-
Stil foi Sergei Diaghilev na reencarnação anterior?
Voz
masculina responde- SIM.
Pergunta-
O amigo de Diaghilev, Boris Kochno está encarnado?
Escutamos
duas vozes masculinas conversando. A primeira diz: E O BALLET?..., ao que
a outra responde: DE VEZ EM QUANDO...
Eu, por minha vez, evito
lembrar de minhas vidas passadas. Na minha opinião, a gente está aqui
é para viver esta vida e seguir em frente, a não ser que algum trauma nos
obrigue a buscar recordações antigas. Se o Astral nos priva das lembranças,
normalmente, é por alguma razão muito forte! No entanto... eu me chamo Lázaro
por força do destino!
A única encarnação de que, por ora, me proponho a recordar, aconteceu na Grécia nos tempos em
que Jesus
Cristo andava pregando na Terra.
Eu teria mais ou menos a mesma idade do Mestre,
e eu era um homem de posses. Poderia tê-Lo
ajudado de algum modo, pois as suas pregações chegavam a mim, mas... os meus
deuses eram outros. A sensação de ter sido chamado e não atendido ao apelo Dele
perturba a minha consciência até hoje.
Lázaro, o redivivo. É assim que eu me sinto agora.
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O nosso conceito sobre a ética universal terá de ser totalmente
revisto. O que o pudor nos continha, para Eles nada significava!