Por: Ricardo Chioro
A sabedoria existe de duas maneiras:
Uma é pela intuição, que é a voz do coração, que é o sentimento. Isso é
por exemplo, quando lemos algo e sentimos que se trata de algo verdadeiro (eu
senti isso quando li os textos do
Carlos Antonio Fragoso Guimarães
) ou quando estamos preocupados com alguém e sentimos que essa pessoa está
bem, ou quando sentimos que não está.
A intuição pode nos dar qualquer
resposta que queremos, por isso é sabedoria, mas é preciso aprender acessá-la
e é perigoso confundí-la com a emoção. Por exemplo: achar que uma pessoa é
boa porque ela te agradou, mas ela pode ter feito por interesse e você
confundido pelas suas emoções acha que ela é boa, acha que sentiu isso, mas
na verdade são suas emoções.
Deus está no seu coração e por isso
todas as respostas também estão nele, se você preferir esta frase de um outro
jeito: tudo que existe está dentro de você e você pode acessar através dos
seus sentimentos.
Para entender a outra forma de
sabedoria é preciso entender que a sabedoria é a informação correta da
realidade.
Nós temos nossa visão de mundo, mas
por interesse ou por alguma dificuldade emocional ou mental ou psicológica essa
nossa visão não é correta, por isso não é sabedoria. Por exemplo: uma
pessoa materialista, que tem dinheiro e que adoro o dinheiro, ela acredita que o
dinheiro é o motivo da pessoa estar bem, ou pior, ser bem, por isso ela
acredita que quem não tem muito dinheiro está mal, e muitas vezes que é
inferior a ela e coisa e tal.
Esse é um exemplo de uma pessoa que
por interesse no dinheiro, ela o tendo e o adorando, é conveniente pensar isso.
São muitas pessoas no nosso mundo de hoje que tem essa visão, mas ela é uma
ilusão, pois o dinheiro não é motivo para uma
pessoa ser ou estar bem, pois o próprio Buda não tinha dinheiro e gozava de
grande felicidade, pois tinha atingido o nirvana. E não só Buda, como grandes
mestres da humanidade como Jesus e Gandhi e o que trás felicidade para as
pessoas é a realização que vem do coração; e como vem do coração
implica em auxiliar os outros e crescer espiritualmente.
Agora como você imagina que uma pessoa
com interesse de dinheiro como citado em nosso exemplo, pode sair da sua ilusão
de sua visão do dinheiro?
Ela tem que conhecer a si mesma, tem
que reconhecer que é seus interesses e que é a sua visão defeituosa de mundo
que a faz pensar assim.
Uma ilusão é o contrário da
sabedoria, uma vez que a ilusão é uma informação errada da realidade. O
exemplo da pessoa que enxerga a importância com o dinheiro, se trata de uma
ilusão.
Um exemplo da pessoa estar iludida pelo
emocional é o de um pai ser uma pessoa ruim, mas finge ser uma pessoa boa; ele
jogo suas frustrações em cima da filha, pois isso é o que pessoas ruins fazem
e abusa dela, fazendo ela fazer o que ele quer, mas isso acontece de forma muito
mascarada e a filha, por ser filha, não enxerga o pai, acha que ele é bom como
finge ser e não percebe estar sendo usada. Ela está iludida pelo emocional, não
enxergando a realidade, por isso não é sabedoria.
Esse caso citado acima é muito comum e
é possível que a pessoa atinja a sabedoria, enxergando o pai dela, a realidade
como ela é.
Também são comuns pessoas que tem
amigos ruins e não os enxergam eles; lutam e defendem, sem saber quem eles são
realmente.
Toda vez que você está aprendendo a
enxergar o outro ela está se desenvolvendo nisso e aprende, uma vez que nas próximas
vezes que ocorra um caso parecido com o que ela passou, ela já sabe enxergar.
É um conhecimento muito útil saber
quem o outro é para não cair em golpes ou jogos emocionais, coisas que só
tendem a fazer mal a gente.
Uma ilusão que a pessoa tenha por
causa do ego, é uma ilusão que a pessoa tenta se engrandecer, se vendo muito
grande.
Os exemplos dados são poucos perto das
ilusões que existem, pois todos nós temos diversas ilusões por causa do
emocional, e ou do mental, e ou do ego e ou de interesses.
Para você ter uma idéia de que também
tem ilusões, vamos voltar ao caso do amigo falso, pense se você não cairia
nas mentiras dele?
As ilusões vão sendo quebradas quando
a pessoa ilumina a si mesma. Na escuridão, não se pode ter informações
corretas da realidade, só
com a luz podemos
enxergar as coisas.
O caminho da sabedoria é portanto o
caminho da iluminação.
Quando
atingimos o nirvana nos iluminamos de tal maneira que enxergamos toda a
realidade deste mundo material em que vivemos.
Um meio de se enxergar a realidade é o
do conhecimento de nossos defeitos. Os nossos defeitos são grandes produtores
de ilusões, como é o caso do materialismo, como é o caso da pessoa que
distorce os valores por adorar o dinheiro, isso é um defeito. A vaidade por
exemplo pode distorcer os valores como fez com o dinheiro, o orgulho, a cobiça
e demais defeitos. O orgulho também pode criar uma falsa auto-imagem, o que não
seria sabedoria. A soberba por si só é uma ilusão.
Quando a pessoa conhece seus defeitos
ela vai pouco a pouco, quebrando as suas ilusões.
Mas não para por ai, o conhecimento
das nossas qualidades também dissipam as ilusões, por exemplo da baixa
auto-estima, de não achar que não é capaz de algo quando é, da ilusão de
achar que não tem a beleza interna que realmente se tem e outras ilusões mais.
O conhecimento das nossas qualidades dá
sentimentos muito bons para nós mesmos.
O conhecimento dos outros também
quebram ilusões, como demonstrado nos exemplos acima.
Os grandes mestres da humanidade dizem
que o mal do mundo é a ignorância, mas eles não estão falando da ignorância
dos livros, dos jornais, meios de comunicação, do que acontece no mundo e da
história passada como algumas vezes se pensa e sim da ignorância de si mesmo e
dos outros.
Pois a ignorância de si mesmo traz
defeitos, uns deles tem a ver com os interesses e outros tem a ver com o egoísmo.
O egoísmo somado aos interesses fazem as pessoas roubar, como fazem os políticos
desonestos, os golpistas e os ladrões, fazem as pessoas passarem por cima dos
sentimentos dos outros, por interesse em sexo por exemplo. Ao mesmo tempo em que
você conhece os outros pode evitar que as pessoas se aproveitem de você.
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