Ao começar a meditação fixe antes
quanto tempo vai meditar. No começo, sente-se imóvel por 20 minutos no
máximo; depois pode ir aumentando o tempo. A duração depende do tempo
disponível para meditar e do período que pode fazê-lo sem sentir dor ou
desconforto.
Sente-se na posição de lótus ou
semilótus sobre uma almofada firme, apoiando-se na borda dianteira. Também
pode-se usar uma cadeira, de preferência com espaldar reto e sem braços;
Coluna ereta, relaxada; as vértebras
como uma pilha de moedas, umas por cima das outras;
Pernas em paralelo, pés descansando no
assoalho;
Coloque as mãos em concha uma sobre a
outra, e as duas no colo, palmas para cima;
Não tensione os músculos do pescoço ou
os ombros; relaxe os braços, o diafragma, a barriga;
Braços afastados um pouco do corpo para
permitir a circulação de energia.
Queixo erguido;
Olhos fechados ou abertos, fixando a
ponta do nariz ou um ponto em frente, sem olhar para nada;
Maxilar relaxado, lábios levemente
afastados, língua tocando o céu da boca;
Antes de meditar, é aconselhável
recitar o Sutra do Amor Universal, partilhando a bondade afetuosa com
todos.
A Meditação
Sente-se confortavelmente, com as
costas eretas e relaxe seu corpo. Feche os olhos.
Partilhe sua afetuosa bondade para
todos;
Inspire e expire profundamente algumas
vezes; depois respire normalmente, sem esforço;
Traga a sua atenção para a sensação da
respiração. Focalize a atenção nas bordas das narinas, enquanto o ar entra
e sai; permaneça com esse ponto, observando a sensação que é produzida
pela inspiração e pela expiração; observe o intervalo entre elas;
Permita que a respiração flua
naturalmente, e simplesmente fique de olho na sensação, saboreie a
sensação; acompanhe o movimento inteiro, desde a inspiração até a
exalação;
Continue focando em qualquer ponto do
corpo em que a respiração seja notada facilmente, e que a sua mente se
sinta confortável. Pode ser no nariz, no peito, no abdômen, ou qualquer
outro ponto.
Se quiser, pode experimentar diferentes
tipos de respiração, longa, curta, rápida, lenta, profunda, superficial -
qualquer uma que lhe pareça mais confortável no momento;
Se a sua mente divagar, simplesmente
traga-a de volta, não se desencoraje.Se ela divagar 100 vezes, traga-a de
volta 100 vezes.
Uma vez que a respiração esteja
confortável no ponto que você escolheu, mova a sua atenção para observar
como a respiração é sentida em outras partes do corpo.
Observe as diferentes sensações no
corpo, além da sensação de respirar. Observe-as no corpo inteiro. Nelas
pondo atenção, notará que modificam-se o tempo todo.
Quando vier um pensamento, observe-o
também; não se apegue aos pensamentos, apenas focalize a atenção
imediatamente neles e depois que se esfumarem, volte à respiração;
Quando a mente se une à respiração o
tempo todo, podemos focalizar a mente no momento presente.
Com o treinamento, podemos tomar
consciência da respiração e do que acontece dentro de nós. O quer que
seja, respiração ou sensação, aprendemos a observá-la sem perder o
equilíbrio mental.
Bibliografia e referências:
Boletim Flor do Lótus Nº 20 - Novembro/Dezembro de 1998 - ano II -
site Lótus (www.geocities.com/Heartland/2630/)
"Instruções básicas para Meditação da Respiração" - por Thanissaro Bhikkhu -
site Acesso ao Insight(www.geocities.com\acessoaoinsight\)
Trechos extraídos do livro : "A meditação ao alcance de todos" -
Ven. Henepola Gunarátana - coleção Gnose - Ed. Ibrasa - 1994.