Budismo, Amor e Nirvana

Por: Ricardo Chioro – Riath

(Texto inspirado e intuído pelos Mestres da Luz)

As vezes os budistas pensam que a compaixão que é ensinado no Budismo é superior ao amor, pois ela nos impele a ver a dor do outro como a própria, mas esse dizer está errado.

Cada religião tem sua própria linguagem, os Cristão ensinam o amor, o Budismo, a Compaixão, mas existem alguns porém:

A compaixão é uma qualidade do amor, outras qualidades seriam alegria, caridade, perdão, união, felicidade, doação.

Não é que o Budismo pratique algo diferente do Cristianismo, mas a linguagem é diferente.

Com a pratica budista ampliemos o amor, é um resultado natural do autoconhecimento.

O Cristianismo também traz o autoconhecimento.

Para a religião Católica o ideal a se atingir é a santidade, que é a mesma coisa que Nirvana no Budismo, o que muda é linguagem.

Buda deu destaque para a termos compaixão porque acreditava que ela nos impele a caridade, sentir a dor do outro como a sua nos faz queremos ajudá-lo.

A saída para o sofrimento e conquista de uma vida maravilhosa é atingir o Nirvana, o Buda queria que seus seguidores tivessem compaixão para tirar as pessoas do sofrimento, não de todo sofrimento, mas um que está atrelado a nós mesmo cujo resultado é um desprendimento que não é total de si mesmo, mas de desapegar de muitos desejos negativos.

Um iluminado tem um desprendimento grande de si mesmo, mas não é total porque não nos desapegamos das coisas boas, da luz, até mesmo de algumas ruins atreladas ao nosso ego permanecem, mas o importante é o bem estar maravilhoso que o Nirvana traz.

A maioria das religiões tem caminhos cara a santidade, seja com o nome nirvana, ascensão ou outra.

Uma coisa que eu acho muito legal é que o Budismo diz que se não conseguirmos chegar no Nirvana nessa vida, vamos continuar em outra em uma futura vida, mas não significa que o praticante vai ser budista, pode ser de outra crença, pois elas também oferecem caminhos para isso.

As quatro qualidades incomensuráveis do Budismo são: compaixão, alegria, amor e equanimidade.

As seis perfeições são: generosidade, moralidade, concentração, sabedoria, energia constante e paz.

Todas essas qualidade se desenvolvem com o autoconhecimento e treinamento, porem cada crença tem um modo de agir.

Atingir as quatro qualidades e as seis perfeições estão além de si mesmos, ou seja, são qualidades desapegadas.

Muitas pessoas tem orgulho e vaidade de sua compaixão, amor, sabedoria e muitas qualidades interiores, porém o orgulho e vaidade não é compaixão, amor e sabedoria em si, são outras características que podem ou não vir juntas.

O desapego seria somente do orgulho e vaidade, mas continuar tendo sabedoria, amor e compaixão desapegada do ego.

Porém amor e sabedoria é importante valorizarmos, querermos aumentar, mas sem se achar melhor que os outros.

O ego quer ser sempre o melhor, mas devemos agir com pureza e adquirir auto-estima sem nunca, jamais nos compararmos com outras pessoas, sem querermos competir e ter superioridade. Isso é espiritualidade com simplicidade, humildade.

Humildade não é ser pobre ou inferior aos outros, mas é não querer ser superior, melhor do que ninguém.

Valorize-se sem querer ser melhor ou superior que ninguém, nem que sua religião seja melhor do que as outras, mesmo porque não dá para medir o quanto é boa ou melhor cada crença.

Nunca alimente pensamento de superioridade, assim a superioridade morre de fome, porém qualquer alimentada que damos nela, ela volta.

Nunca devemos nos importar com superioridade, mas sim em nos valorizarmos e sermos humildes.

O amor traz um desejo desapegado, que é além de si mesmo querer o bem para o outro.

Não são todos desejos que devem ser combatidos, apenas diversos que são apegados, e mesmo após a Iluminação ainda teremos desejos apegados, porém teremos desprendimento grande de nós mesmos.

Não devemos deixar de desejar as coisas boas, da luz, mas sim a coisas que trazem um certo sofrimento.

Desejos puros de beneficiar os outros não são apegados, nós levam em direção ao outro, porém jamais é errado se felicitar com as próprias boas ações, apenas não se sentir ou querer se sentir superior.

Ajuda muito a nós mesmos praticar a caridade, ela não só faz bem a quem recebe como também a quem a pratica, e não é errado ser feliz, ficar bem com a ajuda que damos aos outros porque é a felicidade.

Nirvana é uma felicidade muito grande, gigante, é o resultado do autoconhecimento, então não existe mal em querer ser feliz, querer o bem para si, não é um desejo apegado.

Existe um si mesmo que não é ego, um si mesmo que sente que faz parte de tudo, de todos os outros seres, e eles parte da gente, esse é o resultado do nirvana sem é traz sentimentos maravilhosos dos quais jamais é errado, muito pelo contrario é importante querer o bem de si e dos outros.

Querer o bem para si não é apego, Jesus dizia: amai o próximo como a si mesmo.

Não era para não se amar, mas para si amar também.

Esse estado de auto-amor e amor aos outros é uma espécie de paraíso.

O praticante pode querer atingir o Nirvana, não é apago isso.

Auto-amor é amor, essa palavrinha de 4 letras que escrevemos ao lado nunca é ego.

O Budismo almeja também o amor e a bondade, são características do caminho de evolução proposto por Buda no Nobre Caminho Óctuplo, caminho do Nirvana.

O Nobre Caminho Óctuplo inclui ser bom e amar, além de concentração e meditação, constitui em construir felicidade, pois o estado da mente positiva é o bem estar, já o da mente negativa não.

Quem busca o bem e o amor são pessoas boas, somente pessoas assim querem o autoconhecimento e o nirvana, não todas dotadas de bondade, mas pessoas negativas não tem esse desejo.