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Mística no Budismo: Shunya Por: Ricardo Chioro –
Riath (Inspirado pelos
Mestres Ascensos)
O misticismo para
diversas religiões é a integração da consciência com o cosmos, ou com Deus. O Budismo fala da
integração do individuo com tudo o que existe, isso ocorre no Nirvana. Quando a pessoa atinge
o Nirvana percebe e sente que faz parte de tudo e tudo faz parte de si. Isso
é uma expansão da consciência, ir além de si mesmo. A iluminação tem essa
característica de integração. No Budismo a palavra
Shunya é a palavra que descreve a integração. Existe um conceito no
Budismo que é o vazio, que não é um vazio de tudo na verdade, se não a
pessoa deixava de existir se conquista-se a iluminação.
Apesar de que muitos
pensam que é um vazio total de Eu, não é porque as informações que temos
sobre a vida de Sidarta Gautama depois da iluminação só podem ser dadas por
ele mesmo. Muitas pessoas pensam
que a iluminação extermina a individualidade, mas não é nada disso, pois o
Buda ainda tem personalidade, gostos, defeitos, recebe influencia do meio
ambiente e etc. Claro que o Buda é
alguém que se volta muito para os outros, que gosta muito de ajudar, é nesse
ponto que o Budismo afirma que nesse estado ampliado de consciência a pessoa
não pensa mais em si, somente nos outros. Isso não é bem
verdade, ou um termo absoluto, pois os iluminados ainda tem problemas,
coisas que gostariam não estivessem em suas vidas, apesar de serem muito
felizes. Quem busca o nirvana
não percebe, mas quer muito ser feliz. Mas o melhor de tudo é que pode
conseguir. Por vezes os Budas
rezam muito para os outros, querem que o outro esteja bem e feliz, então
oram muito para os outros, mas também um pouco para si mesmos, pedindo para
que acabem o que esta sendo ruim para ele. O vazio de si mesmo
não é total, mas traz a plenitude, dai existe a brincadeira que muitos
fazem: que o vazio é a plenitude. O vazio é sobre uma
coisa, a plenitude sobre outra. Também lembrando que o vazio não é total,
mas parcial. Amedronta um pouco o
termo vazio, pois faz pensar num vazio que traz a língua portuguesa que é: o
vazio de sentimento ou de características do próprio ser que ele gosta e
acha que acha que vai perder. Só que não é nada disso, os sentimentos
aumentam com a integração, se tornando extremamente agradáveis, isso é a
plenitude, é a felicidade. Felicidade é você
estar bem, nesse caso bem demais. Com relação ao que a
pessoa acha que vai perder o que gosta, não é nada disso, como disse um Buda
uma vez, no autoconhecimento agente só muda o que é ruim, não o que é bom, o
positivo aumenta, o negativo diminui.
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