Conta a estória, que o Taro é um sistema antigo de conhecimento que foi ensinado
através dos tempos em escolas secretas de mistério. Então primeiramente podemos
concluir que o Taro era um livro “da Sabedoria”, na época procurado para
aconse-lhamento nos mais diferentes assuntos.
Quando os sacerdotes (herdeiros da Sabedoria da Atlântida), previram a queda da
civilização egípcia, ocultaram esses conhecimentos sob a forma de laminas de um
baralho e o legaram aos ciganos, sabendo que, com a adivinhação e devido ao
hábito do jogo, tais conhecimentos chegariam a posteridade.
Isto feito, o grandioso sistema simbólico do Livro da Sabedoria – O Tarô – foi
dado à humanidade sob a forma de um baralho de 78 cartas. Esse jogo, feito para
atravessar séculos, como realmente aconteceu, reúne e comunica todos os
conhe-cimentos dos homens, refletindo as suas concepções do mundo.
Nessas 78 cartas, divididas em 22 arcanos maiores e 56 arcanos menores – os
sábios egípcios encerraram toda a sabedoria que tinham herdado, todos os
conhecimentos que possuíam, toda a verdade que lhes era acessível a respeito de
Deus, do Universo e do Homem. A estrutura fixa do sistema impediu qualquer
deturpação, e o Taro ainda hoje em dia permanece como uma fonte de sabedoria
para quem possui olhos para ver e ouvidos para escutar sua linguagem silenciosa.
(Arcano: do latim Acanum, significa um mistério cujo conhecimento é
indispensável para compreender um grupo determinado de fatos, leis ou
princípios. Sem o conhecimento do Arcanum, nada pode ser feito no momento que
surge a necessidade de tal compreensão. Arcanum é um mistério acessível a uma
inteligência suficientemente diligente nessa esfera).
Estes arcanos, pelas investigações sucessivas de inúmeros pesquisadores do
assunto, chegaram até nós em uma forma simbólica de cores, figuras geométricas
números e letras. De acordo com a tradição na época estas figuras foram
colocadas nas paredes das galerias subterrâneas, onde o neófito penetrava para
uma série completa de provas. O Tarô é considerado um esquema da cosmovisão dos
Iniciados da antigüidade.
No fim do século 19, os 22 arcanos maiores foram vinculados as 22 letras do
alfabeto hebraico por Eliphas Levi. A cada letra desse alfabeto foi atribuído um
valor numérico definido. A passagem pelos 22 arcanos é um verdadeiro aprendizado
de como podemos conduzir nossa existência, através dos conhecimentos adquiridos
e da nossa intuição. O caminho nos força a ver que nada do que procuramos pode
ser achado fora de nós mesmos: existe somente dentro de nós. A iniciação em
qualquer empreendimento, consiste em essência, na busca da Consciência – do que
vai ser empreendido e - no Grau do Poder de Rea-lização – do que se vai
realizar.
Já os 56 arcanos menores representam os 4 caminhos, associados aos 4 elementos:
ar, terra, água e fogo, que a alma deve percorrer para alcançar a perfeição.
Cada caminho é constituído de 14 laminas.
No século 20, o Taro recomeçou nos anos 45 na Europa e 50 nos Estados Unidos.
Hoje no mundo existem mais de 250 diferentes baralhos de taro: Taro de Thot, de
Rider-White, Mitológico, dos Índios, dos Animais, das Flores, das Bruxas, dos
Boêmios, de Marselha, of Transition, Egípcio, Maçonaria, Cigano etc.