O confucionismo foi criado por
Kung-Fu-Tzu, popularmente conhecido como Confúcio. O confucionismo
aborda crenças e ensinamentos a respeito da moral, da política, da
pedagogia e da religião. Na China, essa doutrina filosófica é referida
como “Junchaio”, ou o ensinamento dos sábios.
No século I A.C, Mêncio e Xun Zi
foram os seguidores do confucionismo que instauraram condições para a
sua expansão, foram seguidores que inseriram a doutrina de Confúcio
dentro dos aspectos naturalistas, acreditando que tais aspectos eram
forças que atuavam na sociedade.
Neste paradigma, acreditava-se
que os conflitos e as necessidades da vida geravam depravações,
superadas somente com a educação focada na retificação da boa natureza
humana. Xun Zi acreditava que havia uma natureza perversa no homem,
proveniente da preservação das características animais, por outro lado,
compreendia o homem ser dotado de inteligência e capacidade de
controlar seus impulsos natural, desde que houvesse valores
pré-estabelecidos para limitar e orientar as ações humanas.
Considerando o império chinês,
foi na dinastia Han, ocorrida entre os anos III a.C e –III d.C, que o
confucionismo tornou-se numa doutrina oficial do império. Nessa época,
por meio das interpretações de Donz Zhong shu, houve um novo estudo no
confucionismo a respeito das teorias cosmológicas e dos cinco elementos
da natureza que, nesse doutrina, compreendem em água, terra, fogo, ar e
“Akasha”.
Muitos consideram o
confucionismo como um sistema ético e não como uma religião, pois
Confúcio gerou uma linha de pensamento para os principais fundamentos da
vida para a construção de uma sociedade e de um mundo ideal, onde
predominariam os principais de valores morais elevados, de cortesia,
piedade filiar, benevolência, retidão, lealdade e bom caráter.
Perdurou com religião oficial
até o ano de 1911, depois da proclamação da República pelo Kuomintang.
As doutrinas confucionistas seguem basicamente seis palavras-chaves :
Jen ( huanitarismo, cortesia, bondade e benevolência); Chunt-tzu( homem
superior, virilidade); Cheng-ming (retificação dos nomes, cada cidadão
cumpre uma missão); Te (poder , autoridade); Li (conduta exemplar,
propriedade, reverência).
As virtudes de uma vida inteira
poderiam ser desenvolvidas em família, na análise das cinco interações,
o pensamento do Confúcio afirma que, entre os relacionamentos
obrigatórios há a relação entre pais e filhos. Essas relações
obrigatórias de família são oportunidades para o aprofundamento do amor
entre indivíduos comum a um mesmo meio e interação social.
Em Anacletos de Confúcio, obra
copilada pelos seus seguidores, há o pensamento da isenção do
pré-julgamento entre os homens , ou seja, assim como Cristo ensinou “Não
julgueis e não sereis julgados”, Confúcio afirmava que “O cavalheiro
chama a atenção para as coisas boas nos outros; ele não chama a atenção
para os seus defeitos”.
Apesar de elaborar ensinamentos
profundos hoje utilizados em processos de aprendizado
espiritual-religioso, as palavras de Confúcio expressam um maior
compromisso em estabilizar o pensamento e o espírito humano para as
questões éticas e políticas. Segundo Confúcio, todo o líder que busca
somente a auto-realização, a posse do poder e o engrandecimento pessoal
torna-se num líder limitado.