O CENTRO E O SINO

Estes são os principais símbolos do Budismo Esotérico. Originalmente, o vajra (tib. dorje / rdo rje, chin. chin-kang-ch'u, jap. kongô-sho), diamante, indestrutível, era o nome dado à poderosa arma de cem pontas da divindade hindu Indra, o rei dos deuses. Esta arma seria capaz de disparar relâmpagos e de destruir todos os inimigos. No Budismo Esotérico, porém, o seu significado é diferente; o vajra representa a natureza vazia de todos os fenômenos.

Nos vajras pacíficos, as cinco pontas se juntam no final; nos vajras irados, as pontas ficam um pouco afastadas. As bocas de makara, das quais surgem cada ponta, representam o nirvana. As cinco pontas de uma extremidade representam os cinco dhyani-buddhas (Vairochana, Akshobhya, Ratnasambhava, Amitabha, Amoghasiddhi), que corporificam as cinco sabedorias ou aspectos do estado desperto atemporal. Já as outras cinco pontas, da extremidade oposta, representam as cinco mães, ou consortes femininas (Buddha Lochana, Mamaki, Vajra Dhatvishvari, Pandara Vasini e Samaya Tara).

De maneira semelhante, as oito pétalas de um lado representam os oito grandes bodhisattvas (Manjushri, Avalokiteshvara, Vajrapani, Maitreya, Kshitigarbha, Sarvanirvaranavishkambhin, Samantabhadra, Akashagarbha) e as oito pétalas do outro lado representam suas consortes, as oito grandes bodhisattvas, também conhecidas como as deusas das oferendas (sânsc. puja-devi: Lasya, Mala, Gita, Nirtya, Pushpa, Dhupa, Aloka, Gandha). A esfera central representa a vacuidade (sânsc. shunyata), a verdadeira natureza dos fenômenos.

Fonte: http://www.dharmanet.com.br/vajrayana/vajra.htm