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Ser
Individual, Coletivo e Cósmico
Por: Maria Aparecida Diniz Bressani
Vamos pensar um pouco sobre o nosso planeta
- o planeta Terra!
Ele está inserido no sistema solar que,
juntamente com outros sistemas planetários, forma a Via Láctea...
Vamos parar por aqui...
Você consegue visualizar o planeta Terra
fazendo parte de uma organização cósmica tão ampla e tão complexa? Onde,
dentro do sistema solar, a Terra ocupa um espaço e faz uma trajetória
“pré-determinada” em torno do Sol? E o sistema solar, ao qual o planeta
Terra pertence, ocupando um lugar cósmico?
O nosso planeta neste contexto torna-se um
grão de areia de tão pequeno que é!
Será que se o planeta Terra não existisse o
Sistema Solar seria o mesmo? Como os outros planetas estariam dispostos? E
a Lua? Ela existiria?
É difícil pensar sobre e imaginar tudo isto porque, afinal, vivemos nossas
vidas e estamos envolvidos em resolver nossos problemas, em conquistar
nossos sonhos, em pagar nossas contas...
Mas, voltando ao nosso planeta Terra,
podemos imaginar há quantos bilhões de anos ele existe? Podemos imaginar
como foi sua evolução – desde antes da Era pré-histórica até o momento
presente? Podemos imaginar o desenvolvimento da Vida e sua evolução nele?
Pense um pouco sobre isto: A evolução da
Vida sobre o planeta Terra!
O ser humano, como um ser vivente no
planeta Terra, também passou por sua evolução física, mental e psíquica e
cada um nós, hoje, somos o produto desta evolução.
Podemos imaginar o ser humano vivendo em cavernas, lutando pela
sobrevivência; depois formando clãs, cidades, estados, países... unindo-se
para sobreviver e se fortalecer... separando-se para se defender...
Podemos imaginar a evolução do ser humano chegando ao momento presente,
com todo o avanço tecnológico atual e caminhando fortemente para a
globalização...
Quanto à globalização, o que temos hoje é apenas “amostra grátis” das
possibilidades do que poderemos ter no futuro se a raça humana sobreviver.
Para que a globalização aconteça efetivamente é preciso nivelar as
culturas e os valores, não apenas a tecnologia, caso contrário será apenas
uma forma diferente de colonização.
Podemos imaginar todos os países que ocupam o Planeta Terra; todos
devidamente demarcados com seus territórios, crenças, valores e línguas.
Emancipados ou não, esses países têm um governo que os dirige e estabelece
relações internacionais.
Pessoas vivem, trabalham, se relacionam, constituem suas famílias e
constroem suas vidas nestes países.
Eu... Você... estamos todos vivendo num contexto como este: vivemos num
determinado país inserido no planeta Terra.
Você consegue imaginar que quem você é ou o que você faz na sua vida (e da
sua vida) – suas escolhas pessoais – possa, talvez, fazer alguma diferença
para as pessoas com quem você se relaciona, para a cidade onde você mora,
para o país em que vive ou para o planeta Terra?
Será que se você não existisse não faria nenhuma diferença na vida das
pessoas com quem você se relaciona? E para a cidade, haveria alguma
diferença se você não existisse? E para o seu país ou para o planeta
Terra?
Eu acredito que todos nós somos importantes e fazemos diferença. Somos,
cada um de nós, uma peça na engrenagem da raça humana e até mesmo na
engrenagem do Cosmos. E, como todos sabemos, toda peça tem sua função na
engrenagem da qual faz parte.
Cada um de nós tem uma função e ocupa um espaço na vida das pessoas com
quem se relaciona – seja na vida pessoal ou profissional –, na cidade onde
mora, no país em que vive... em nosso planeta Terra.
A existência de cada um de nós faz diferença!
E justamente por acreditar nisso que entendo que a vida e a evolução do
planeta Terra se faz a partir da unidade - a partir do individual.
Como psicóloga, tenho a percepção do ser humano como indivíduo, do
“universo” que é uma pessoa, com todas as suas potencialidades e recursos
a serem desenvolvidos; abrangendo-o neste contexto coletivo e cósmico e
percebo que cada indivíduo, a seu modo, em seu nível de evolução e
consciência, com seus próprios recursos, contribui para a evolução da raça
humana e do planeta Terra.
As escolhas pessoais – sejam elas conscientes ou inconscientes, ativas ou
passivas – imprimem o desenvolvimento de sua vida pessoal e a qualidade da
evolução humana.
Suas escolhas não afetam apenas a si próprio ou as pessoas que o cercam,
mas como numa grande cascata, embora seus sentidos não o percebam – como
uma pedrinha que jogada na água parada de um lago forma ondas circulares
que vão num crescente infinito – colaboram e afetam também o
desenvolvimento e evolução da própria humanidade.
Podemos entender que a existência individual é de uma abrangência muito
maior do que simplesmente viver um dia após o outro e pagar contas...
É preciso conscientizar-se disso!
E, para que possamos nos dar conta da importância de nossa existência no
planeta Terra, é preciso reconhecer nossas próprias potencialidades e
recursos inatos e para que viemos.
Qual é o seu propósito de vida?
Quais são seus recursos e potencialidades? E o quanto deles você utiliza?
Para Jung, nós, enquanto seres humanos, somos como um manancial de
potenciais inconscientes e que só poderemos nos utilizar e usufruir deste
manancial desenvolvendo a autoconsciência.
Viver no estado de inconsciência é viver no mínimo, que é simplesmente
sobreviver, além de se tornar (e, conseqüentemente, se sentir) muito
vulnerável diante da vida.
Viver autoconsciente começa com os cuidados com o próprio corpo, que é o
nosso veiculo de expressão para a nossa personalidade e potencialidades.
É preciso também cuidar da mente. Com quais pensamentos você alimenta a
sua mente diariamente?
Viver no estado de consciência é ampliar sua percepção que quem é e
colocar em pratica seu propósito de vida, que em última instância, é
evoluir como ser humano e ajudar na evolução da humanidade e
conseqüentemente da própria Terra.
A palavra de ordem para viver autoconsciente é: atenção.
A atenção deve ser um exercício diário... minuto a minuto...
Sobre o que você pensa, sobre o que você sente, sobre como e por que você
reage de tal forma em tal situação... sobre suas escolhas...
É a atenção que nos desperta para nós mesmos, para nossos potenciais e
recursos inatos e para qual é nosso propósito em nossa própria vida.
É a atenção sobre nós mesmos, enquanto ser humano e indivíduo, que nos
conduzirá para a percepção abrangente do ser coletivo e cósmico que somos.
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