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Os Mudras no Budismo Esotérico Os
mudras são os gestos simbólicos que são associados aos budas. Esses
gestos são muito utilizados na iconografia hindu e budista.
Mudra, uma palavra com muitos significados, é caracterizada como gesto,
posicionamento místico das mãos, como selo ou também como símbolo. Estas
posturas simbólicas dos dedos ou do corpo podem representar plasticamente
determinados estados ou processos da consciências. Mas as posturas
determinadas podem também, ao contrário, levar aos estados de consciência
que simbolizam. Parece que os mudras originaram-se na dança indiana, que é
considerada expressão da mais elevado religiosidade. [...] O significado
espiritual dos mudras encontra sua expressão perfeita na arte indiana. Os
gestos das divindades representadas na arte hinduísta e budista e os
atributos que os acompanham simbolizam suas funções ou aludem a determinados
acontecimentos mitológicos. [...] No decorrer dos séculos, os budas e
bodhisattvas representados iconograficamente com seus gestos simbólicos e
atributos propiciaram o estado de espírito próprio da meditação e criaram
uma profunda atmosfera de crença.
(Ingrid Ramm-Bonwitt,
Mudras)
No budismo Esotérico (Vajrayana), os mudras possuem uma função especial:
fazer oferendas ou criar uma conexão do praticante com o buda que é invocado
pela repetição dos mantras.
Dharma-chakra-mudra ![]() O gesto da roda do Dharma; ambas as mãos fazendo o gesto anterior. Este gesto é associado ao ensinamento de buddha Shakyamuni, ao futuro buddha Maitreya e, às vezes, é utilizado em representações do dhyani-buddha Vairochana. Este gesto também é usado para representar o terceiro buda, Vishvabhu, que atingiu a iluminação sob uma árvore sala. Dhyana-mudra ![]()
O gesto da meditação; mão direita sobre a esquerda, com as pontas dos
polegares se tocando. Associado à meditação do buda Shakyamuni sob a
figueira de bodhi. Também é o gesto do dhyani-buddha Amitabha.
Shikin, o segundo buddha, que atingiu a iluminação sob um lótus branco, aparece fazendo este gesto com a mão direita; com a esquerda no colo, ele toca os dedos polegar e médio. Kanakamuni, o quinto buddha, que atingiu a ilumonação sob uma árvore udumbara, é representado fazendo este gesto com a mão direta; sua mão esquerda repousa sobre o colo, fazendo o avakasha-mudra, o gesto do ócio.
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