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A tática política, atualmente apoiada pela bancada evagélica de Campina Grande, de tentar se impor um tipo de pensamento único religioso ou exclusivismo espiritual não é nova. As facções religiosas poderosas tempo de Cristo usavam do mesmíssimo expediente e, hoje, vemos novamente um "revival" do farisaísmo pseudo-doutoral entre os escribas do fundamentalimo evangélico atua. E ninguém mais do que o próprio Jesus Cristo soube expor a vista e todos toda a podridão de seus misteres agressivo e alienantes, como vemo nestas passagens do capítulo 23 Evangelho Segundo Mateus que, atualizando alguns termos, parecem que foram feitas para os dias do tal "Encontro para a Consciênia 'Cristã' ":
Não à-toa, a denúncia de Jesus contra a hipocrisia e ganância política dos Doutore$ da Bíblia, auto-intulado$ expert$ teológico$, lhe custaria a vida...
Ahm e ponhamos
"doutore$" nesta forma de escrita, já que um
doutor precisa ao menos de ter feito uma
graduação, e para ser pastor a pessoa precisa
apenas a habilidade de cuidar de rebanhos
irracionais... As formas de recrutamento e sedução destes grupos fundamentalistas são extraordinariamente simples e eficazes: diante das dificuldades do mundo atual (muitas delas criados por grupos econômicos calvinistas), basta aceitar e aderir a alguma de suas Igrejas, professando a aceitação do Cristo segundo suas interpretações, integrando-se plenamente à comunidade dos fiés - e a pessoa se sente emocionalmente amparada e se sentindo parte de uma grande família, naquilo que é chamado de Conformismo pela Psicologia da Gestalt-Terapia que também diz que ao lado desta vem quase sempre o mecanismo neurótico de defesa chamado de Confluência, ou seja, se me sinto inseguro ou emocionalmente fraco, procuro suprir isto com a opinião de uma congregação, que poderá me dar a impressão de suprir e dar forças. A opinião desta será então a minha opinião e assim me confundo com uma causa do grupo, podendo surgir daí o sectarismo e o fanatismo religioso. Também existe a questão do poder econômico da seita, já que o postulante terá de se esforçar para converter outras pessoas e pagar, com estas, a obrigação do dízimo. Desta forma, segundo a idéia deles, se tem o céu garantido e a salvação da alma como uma certeza, já que apenas os escolhidos se dão conta do "verdadeiro Deus" que, claro, é o deles. As demais pessoas estão perdidas, equivocadas ou condenadas, dependendo de como elas se posicionam ante eles, os eleitos, e cabem a estes fazer de tudo para expandir sua verdade e salvar a humanidade... E quem nos savará da ameaça de cairmos em uma outra Idade das Trevas sob o controle ideológico-empresarial das "Pequenas Igrejas, Grandes Negócios" de cunho Pentencostal-Fundamentalista ao estilo anti-democrático e intervencionista da CIA de Nixon, Reagan e Bush? Quanto aos perigos da violência potencial, prestes a explodir, devido à intolerância religiosa, notadamente de cunho fundamentalista, veja-se este video extraído do Youtube:
Vejamos aqui um trecho do artigo "Fundamentalismo Mundial", escrito pelo teólogo Leonardo Boff, e que resume bem o atual perigo da evervescência fundamentalista protestante criada pelos EUA:
As relações do calvinismo com o capitalismo foram inicialmente demonstradas por Max Weber já no início do século XX em seu livro "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo" e a filósofa Rose Marie Muraro aponta ainda mais esta relação em seu livro "Textos da Fogueira", onde fica explícito a atuação da ética protestante dos WASP (White Anglo Saxon Protestant) nas mega-especulações financeiras de Wall Street e nas decisões do governo norte-americano, impreterivelmente maléficas para o resto do mundo. O Prof. Délcio Monteiro de Lima fez uma lúcida e profunda análise da influência dos EUA na implantação e expensão do pentecostalismo no Brasil em seu livro Os Demônios Descem do Norte, publicado pela editora Francisco Alves. Os intere$$eS econômicos em se implantar uma religião alienadora são óbvios. Se lembrarmos que vertentes calvinistas-fundamentalistas encontradas no Brasil são de origem norte-americana, dá para se ter uma idéia da mentalidade ideológica de grande parte da organização do tal Encontro para a Consciência "Cristã". O Encontro para a Nova Consciência, porém -e ao contrário do Encontro dos Pentencostais-fundamentalistas - traz o espaço do encontro com o outro, com o diferente, com a perspectiva de quem entende o mundo e a Deus de uma outra maneira. E não só com contato entre diversas tradições, pois traz em sua história a participação de nomes de vulto da Filosofia e da Ciência, como os do Psicólogo francês Pierre Weil, do teólogo Leonardo Boff, de Dom Marcelo Carvalheira, do saudoso Dom Luiz Gonzaga Fernandes, do Pastor Nehemias Marien, do Pastor Estevam Fernandes, do saudoso comunicólogo Augusto César Vanucci, do Arcebispo Emérito da Paraíba, Dom José Maria Pires, do atual Arcebispo Dom Marcelo Carvalheira, do tribuno espírita Divaldo Pereira Franco, do físico Patrick Drouot, do engenheiro, transcomunicador e idealizador do Movimento Paz pela Paz (Movipaz), Clóvis Nunes, da filósofa Rose Marie Muraro, do Parapsicólogo Henrique Rodrigues, da antropóloga Simone Maldonado, do cineasta Pedro Camargo,dentre inúmeros outros professores, psicólogos, antropólogos, médicos, historiadores e representantes de diversas correntes religiosas. Cabe aqui uma reflexão do francês de nascimento mas brasileiro de coração e deiretor da Unesco para Educação para a Paz, Dr. Pierre Weil, assíduo participante do Encontro Para a Nova Consciência: |