Contato Todos os Textos Links para Outros Sites Livro de Visitas  

 



 
Textos:

A Alma para a Ciência e a Evolução dessa Alma

A Ciência dos Maias

Como Era Antes

Somos Parte do Meio Ambiente

A Psicoterapia

A Terra em Movimento e as Placas Tectônicas

Quantos Anos tem o Brasileiro

Quem está no Centro do Universo

Saúde Emocional e Psicodrama

Estrelas de Nêutrons

Pesquisa em Vida Após a Morte

Halley: Nosso Amigo Terrestre

Transformação do Passado em Presente

O Poder dos Mitos

O que é a Bioenergopatia?

Trabalhar com a Bioenergopatia

Psicologia e Bioenergopatia

Todo os Textos >>>

 

QUANTOS ANOS TEM O BRASILEIRO?

A história do Brasil é muito mais velha que 500 anos...

Desde a expansão marítima do século XV, a América é um território de exploração, mortes, conquistas, glórias e muita história. Um pouco antes de Cabral chegar ao Brasil, grupos indígenas construíam suas casas sob a terra, mantendo-as protegidas dos ventos fortes e gelados que cortavam o planalto nos invernos rigorosos do Sul do País. As "casas subterrâneas" em formato circular, com uso de madeira, pedras e palhas secas, tinham em algumas paredes escadas para facilitar o acesso do moradores. Dentro da "casas" foram encontrados restos de fogueira, fragmentos de cerâmica e pedras lascadas, mostrando que ali teria sido um lar com diferentes atividades do dia-dia. As casas sempre são encontradas ao lado de outras com "túneis de acesso", de modo que os grupos residentes não precisariam sair à superfície e deparar-se com o frio ou ainda predadores. Nas mesmas áreas de casas subterrâneas existem sítios a céu aberto, indicando que os grupos trocavam de moradia conforme a estação do ano.

As vasilhas de cerâmicas constituem os artefatos mais numerosos. Elas têm paredes finas, apresentam superfícies escuras, raramente decoradas, e com uma grande variedade de formas. As paredes polidas também eram uma característica desses grupos, assim como diferentes tipos de machados, cunhas e virotes (utensílios bastante usados para abater aves sem danificar suas penas).

Por volta de 1000 a 2000 anos atrás, na Amazônia, constitui-se um povo que contribuiu muito para a agricultura e a cerâmica no Brasil. O povo Marajoara, em seu apogeu, tinha mais de 1000 habitantes e, entre eles, haviam artistas que fabricavam objetos de cerâmica bem enfeitados: de vasilhas a urnas funerárias. Segundo estudos arqueológicos, pôde-se observar que este grupo alcançou uma grande complexidade social e política.

Há pelo menos 6000 anos, uma boa parte do litoral brasileiro começou a ser ocupado por povos que exploravam o ambiente marinho, vivendo principalmente da pesca e da coleta de moluscos. Eles tinham o hábito de juntar em um mesmo lugar as coisas que faziam e comiam.A intenção do acúmulo de materiais em um só lugar construíu o sambaqui (do tupi: samba = marisco e ki = amontoado).

Muitas gerações teriam repetido este trabalho e por conta disto alguns sambaquis demoraram centenas de anos para serem construídos. Alguns arqueólogos consideram os sambaquis como verdadeiros monumentos construtivos, que serviam para demarcar territórios de ocupações ao longo da costa. O litoral catarinense constitui uma das áreas em que os sítios de sambaquis existem em grande quantidade.

O monumento construído com conchas se destaca na paisagem. O sítio Figueirinha, em Jaguariúna (SC), atinge aproximadamente 15 metros de altura conforme estudos arqueológicos. Com certeza, os "Sambaquieiros" mantinham contato com outros grupos humanos que habitavam o Brasil como os caçadores do Planalto.

São Rainundo Nonato (PI) é até hoje o sítio arqueológico mais antigo do Brasil, com vestígios de uma fogueira de 48000 anos. Há também algumas escavações em Minas Gerais, no sítio Lapa Vermelha, e no sítio Santa Elina (MT) que datam de 25.000 anos. O crânio encontrado em Lagoa Santa (MG), chamado de Luzia, é a brasileira mais velha com 12000 a 15000 anos de idade!

Artigo do mês de agosto de 2002 da Revista de Ciência On-line: http://www.cienciaonline.org/