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HALLEY: NOSSO AMIGO TERRESTRE

Sir Edmundo Halley, em 1705, usando a teoria recém-criada por Isaac Newton, previu que um dos cometas estudados por ele retornaria em 76 anos. Tal ousada façanha obteve sucesso e o nome do cientista foi dado ao cometa.

Antes disso, cometas eram considerados astros perigosos que sugeriam desequilíbrios e o prenúncio de desgraças, devido a suas formas irregularidades e variáveis. Pois, segundo a visão dos gregos sobre a ordem cósmica, o espaço era dividido em duas regiões: uma na qual giravam os astros, onde tudo era perfeito e eterno; e outra era ocupada pela Terra, onde tudo perecia e os movimentos eram irregulares. Naquela época, ser perfeito era ter forma esférica e movimento circular e uniforme.

Porém, a tradição é forte e sobrevive às descobertas mais recentes.
Em 1910, quando ocorreu a penúltima passagem do cometa Halley, acreditava-se que, com ele, chegaria o fim do mundo. Esta idéia provocou o suicídio de algumas pessoas que não levaram em consideração o fato de que, em 1811, durante a passagem do Halley, coisas boas aconteceram como o vinho ter tido uma excelente qualidade.
Ainda em 1910, as pessoas acreditavam que, se a cauda do cometa encostasse a Terra, provocaria o fim do mundo; ou então pior, que os gases que o envolviam eram capazes de envenenar os terráqueos. Em consequência, até pequenas epidemias de febre amarela foram atribuídas ao cometa.

Já em 1986, o tradicional temor foi menor, até mesmo porque a distância foi três vezes maior que em 1910. Devido à posição relativa ao Sol e à Terra, foi muito difícil ver o cometa a olho nu em sua última visita. Esta situação provocou a venda "astronômica" de produtos da marca Halley, justificado pela maior divulgação da passagem do cometa.

Em 1991, foi noticiado que a aparição de 1986 pode ter sido a última que vimos deste corpo celeste. Os astrônomos Olivier Hainaut e Alain Smette descobriram, ao fotografaro cometa em 12 de fevereiro de 1991, que havia apenas uma mancha de luz brilhante no lugar onde ele deveria estar. Esta descoberta pode ser o anúncio do fim de nosso amigo terrestre!

Os astrônomos estudaram as diversas possibilidades para o fato descoberto até que se fixaram em apenas uma. O Halley poderia ter colidido com um outro corpo celeste, o que é raro, mas não impossível, e se transformado em dois cometas menores. Como consequência, eles evaporariam mais rapidamente quando passassem pelas vizinhanças do Sol. Outro efeito seria a aparição de dois cometas menores e menos brilhantes, em vez de apenas um, em sua próxima passagem pela Terra. Por estes motivos o Halley não será mais um espetáculo como antes.

Assim como cometas chegam ao fim, outros corpos celestes também nascem. Mas do inesquecível Halley, causador de mitos, tradições e novos conhecimentos, certamente sentiremos falta!

ALGUNS DADOS CURIOSOS

- Época de entrada no sistema solar: desconhecida
- Mais antiga aparição atualmente aceita: 239 AC
- Número de aparições relatadas até 1986 (não há referências sobre a visita de 163 AC): 29;
- Período Orbital: 76,7 anos.
- Período orbital registrado mais curto, entre os periélios: 74,42 anos (1835 - 1910)
- Período orbital registrado mais longo, entre os periélios: 79,4 anos (451 - 530)
- Maior aproximação da Terra: 6.000.000 Km, em 11 de abril de 837
- A cauda mais longa calculada: 105º (75º acima do horizonte e 30º abaixo, em 19 de maio de 1910)
- Maiores períodos de observação: 650 dias, em 1835, e 645 dias, em 1910
- A maior magnitude aparente registrada: - 3,5 no dia 11 de abril de 837
- Próxima aparição: 2061/62

Artigo do mês de maio de 2002 da Revista de Ciência On-line: http://www.cienciaonline.org/