Contato Todos os Textos Links para Outros Sites Livro de Visitas  

 



 
Textos:

A Alma para a Ciência e a Evolução dessa Alma

A Ciência dos Maias

Como Era Antes

Somos Parte do Meio Ambiente

A Psicoterapia

A Terra em Movimento e as Placas Tectônicas

Quantos Anos tem o Brasileiro

Quem está no Centro do Universo

Saúde Emocional e Psicodrama

Estrelas de Nêutrons

Pesquisa em Vida Após a Morte

Halley: Nosso Amigo Terrestre

Transformação do Passado em Presente

O Poder dos Mitos

O que é a Bioenergopatia?

Trabalhar com a Bioenergopatia

Psicologia e Bioenergopatia

O Espectro da Consciência

Nada é Instantâneo

Síndrome do Pânico

Problemas de Observação do Céu

A Teia da Vida

O Tao da Física

Voz e Linguagem

Perdidos no Espaço

A Vida e a Crença dos Druidas

A Maternidade Depois dos Trinta

"Nada se Cria, Tudo se Transforma"

Inteligência Vem do Berço? 

Alimentos Para Combater o mau Humor

Visões Sobre Novas tecnologias

A Idade da Terra

Ecologia Profunda

Visão Privilegiada

A Ampliação da Inteligência Humana

A Ação da Escola Frente a Televisão

Tudo pela Saúde Publica - Oswaldo Cruz

Cidadania como um Conceito de Totalidade

Desintoxicar-se Deve Ser um Hábito Diário

Diferenças de Inteligência Entre as Raças Humanas

VISÃO PRIVILEGIADA

Estudar a atmosfera, prever o tempo e o clima são tarefas rotineiras para os profissionais de meteorologia e ciências atmosféricas. Para realizá-las é necessário um aparato sofisticado, que provê informações das mais variadas e complexas. Porém, uma delas já se tornou bastante popular e continua chamando a atenção de todos: as imagens de satélite. Mais do que uma visão privilegiada do planeta, eles nos mostram as mil e uma facetas da camada de ar que nos envolve. Neste mês, vamos conversar um pouco sobre isto...

Instrumentos especiais podem ver as nuvens e a superfície terrestre de maneiras diferentes. A luz visível não é a única que existe e sim, a única que nossos olhos são capazes de captar e interpretar. Há raios invisíveis percebidos, por exemplo, por equipamentos a bordo dos satélites meteorológicos. Estes fazem com que a atmosfera adquira vários aspectos, possibilitando informações antes nunca sonhadas.

A tecnologia ampliou nosso olhar e, hoje, podemos observar o céu como se tivéssemos vários olhos, mostrando visões diferentes da mesma realidade. E como isto acontece?

Tudo isto ocorre porque a luz visível é apenas uma pequena parte do espectro eletromagnético, ou seja, de todos os tipos de "raios" possíveis. Assim, cada fotografia, tirada com equipamentos especiais capazes de separar os vários tipos de luz, mostra um detalhe diferente que é analisado pelo cientista, pesquisador ou meteorologista. Cada uma destas imagens é dito ser produzida por um canal do espectro. Com o avanço do conhecimento da física de nuvens, da interação da luz com a matéria e das propriedades físicas da atmosfera, as informações dos diferentes canais são interpretadas e resultam numa grande quantidade de dados que ajudam a entender melhor os fenômenos atmosféricos e tornam a previsão do tempo e do clima mais confiáveis.


Infravermelho

Infravermelho Distante

Composição derivada
mistura do canal visível com a composição visível + infravermelho

Composição entre o visível, o infravermelho próximo e o infravermelho

Composição entre o visível, o vapor d'água e o
infravermelho

Canal infravermelho próximo

Canal visível

Canal de vapor d'água

Microondas em 85 GHz
Polarização vertical

Microondas em 85 GHz
Polarização horizontal

Microondas em 10 GHz
Polarização vertical

Microondas em 10 GHz
Polarização horizontal

Microondas em 37 GHz
Polarização vertical

Microondas em 37 GHz
Polarização horizontal

Microondas em 21 GHz
Polarização vertical

Microondas em 19 GHz
Polarização vertical

Microondas em 19 GHz
Polarização horizontal
Imagens de um furacão ocorrido na costa leste de Madagascar,
Oceano Índico, no dia 10 de fevereiro de 1998
NASA/NASDA - Projeto TRMM

As imagens que ilustram este texto são um exemplo didático do que se falou até agora. O mesmo furacão, no mesmo instante, visto por vários canais dos satélites. Em alguns casos, as diferenças são quase imperceptíveis aos olhos leigos, mas os profissionais, com a ajuda de computadores, produzem uma infinidade de estudos e trabalhos a partir dos vários "pontos de vista" que a tecnologia nos proporciona.

Olhar as nuvens desta forma, pode não ser muito romântico, mas nos permite conhecer sua intimidade...e sem pedir licença! Assim, parecemos super-heróis com super poderes para ver o que os olhos dos "mortais" não alcançam.

A Ciência nos mostra cada coisa...e a curiosidade dos homens não pára por aí! Os centros de pesquisa de satélites, espalhados pelo mundo, continuam a desenvolver novos equipamentos para que possamos enxergar nosso planeta com outros olhos, em outras frequências ou, como eles dizem, em outros canais.

Continue atento e de olhos bem abertos às maravilhas da tecnologia.

Nos vemos no nosso próximo encontro com outras inusitadas curiosidades do mundo da ciência. Até lá!

Artigo do mês de Junho de 2003 da Revista de Ciência On-line: http://www.cienciaonline