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A
AMPLIAÇÃO DA INTELIGÊNCIA HUMANA
O conceito de
inteligência se amplia no campo
científico, sendo vista agora "como
a combinação harmoniosa de diversas
habilidades, entre elas a memória, a
motivação e a capacidade de suportar
esforços mentais".
Entretanto, essas
pesquisas e tentativas dos cientistas e
estudiosos da matéria, "que se
dedicam à gigantesca tarefa de
escarafunchar o cérebro em busca das
fugidias raízes químicas do pensamento e
das emoções", se defrontam com um
abismo que os impede de transcender e
desvendar o mistério do pensamento, esse
agente causal do comportamento humano,
pois o homem, equivocadamente,
"sempre considerou que seus
pensamentos, o mesmo que as volições ou
impulsos de seu caráter, emanavam do
cérebro".
O cérebro é o cofre
físico onde reside a mente humana,
órgão psíquico, espaço dimensional e
causa da vida e existência do ser humano.
Em artigo publicado no
"El Diário" de Montevidéu, em
11 de agosto de 1938, o humanista CARLOS
BERNARDO GONZÁLEZ PECOTCHE, declarou que
a Logosofia pode dar ao mundo as bases
para uma nova investigação, proclamando
a mente como principal fator da vida em
todas as suas ordens e manifestações.
E assevera, em
determinada altura de seu trabalho que,
"na França a palavra mente não
existe, e se isto acontece no país que
ocupou os primeiros postos e avantajado
sempre aos demais pela agudeza de seu
espírito investigador e estudioso, temos
sobrados motivos para declarar que nem na
Sorbona nem em parte alguma da Europa se
assinalou à mente a menor
importância".
E mais na frente, nesse
artigo publicado em 1938, num jornal do
Uruguai, PECOTCHE afirmava que "não
é o cérebro o que produz as idéias nem
dá forma aos pensamentos, senão a mente.
Cérebro também têm os animais e
entretanto, não temos notícia alguma de
que a tal ou qual representante da fauna,
se lhe haja ocorrido lançar uma idéia ou
propor-nos algum pensamento. Porém, em
certos animais, como o cachorro, o cavalo,
o macaco, etc., se observam os primeiros
rudimentos mentais, ainda quando é
indubitável que prevalece neles um forte
instinto que supre prodigiosamente as
faculdades que o homem possui em sua
mente, inclusive a mesma
inteligência".
Em estudos desenvolvidos
sobre a mente chegamos à conclusão de
que ela é o espaço psicológico onde se
encontram as faculdades mentais e os
pensamentos.
Por meio da mente o
homem sabe que existe, e o sabe em razão
do conhecimento que só a mente contém
como meio de expressão da sabedoria. Sem
a mente, ensina a ciência logosófica,
"o ser humano não poderia ter
consciência de sua existência e muito
menos haveria de conseguir que esta fosse
útil e proveitosa para si e para os
demais".
A Logosofia assinalou a
existência de um sistema mental em todo
ser humano, sem se basear em abstrações
de caráter meramente especulativo. Ela
materializou a psique humana,
consignou-lhe uma fisiologia independente
da conformação anatômica do corpo e
estabeleceu a colocação material da
mente em relação direta com o cérebro,
dando-lhe uma forma e um volume conforme a
seu desenvolvimento e evolução.
O geneticista francês
Alberto Jacquard entende que "o homem
nasce com apenas 30% de suas conexões
cerebrais feitas. Isso significa que o
trabalho de humanização, de educação e
aprendizado é que fará o restante".
Nos animais superiores, especialmente nos
primatas, 70% das conexões estão prontas
ao nascer. Nos cães, esse número é de
75%, nos golfinhos, de 80%, e nos
répteis, de 98%. As conexões que os
animais recebem "de fábrica"
formam basicamente o instinto que os
orienta pelo resto da vida. Os treinadores
de animais trabalham no pouco que resta de
conexões ainda virgens para ensinar os
bichos. Amestrar um cão é mais fácil do
que treinar uma cobra cascavel, exatamente
porque no réptil o número de conexões a
serem feitas é bem menor. "O grande
mistério do cérebro humano é que ele
só se enriquece se for utilizado"
explica Jacquard. "A cada novo
aprendizado os neurônios (células
cerebrais) se rearranjam e não há limite
físico para isso, pois o número de
células nervosas é tão grande que nunca
serão todas utilizadas, mesmo que o homem
pudesse viver quatro séculos".
Essa considerada
descoberta recentíssima, não era
novidade para GONZÁLEZ PECOTCHE, autor da
ciência logosófica, que previu tudo
quanto o homem pode necessitar em base de
conhecimentos oportunos para efetuar sem
maiores dificuldades sua evolução
consciente para uma vida superior,
concebida e realizada mediante uma gradual
transformação mental e psicológica do
indivíduo através de processos internos
de invaloráveis resultados.
A bem da verdade,
PECOTCHE, em um de seus livros, "Logosofia
(Tratado Elemental de Enseñanza),
publicado no ano de 1936, já demonstrava
com a mais absoluta evidência, que
"a mente está radicada na parte
superior do ser, intimamente ligada ao
cérebro e a suas adjacências imediatas,
dependendo em muito a segurança de seu
funcionamento, da educação das células
cerebrais, o que se observará mediante a
realização de certos procedimentos
especiais indicados no capítulo que trata
sobre Biognosis".
Dessa forma, essa nova
ciência do homem, evidencia mais uma vez
que o ensinamento logosófico está
genialmente adaptado às necessidades
atuais e tem uma repercussão imediata nos
destinos do homem.
Também, em 1938, em
artigo aqui citado, o autor da Logosofia,
afirma que "É a perseverante
educação do instinto mediante a
constante vigilância que o homem exerce
sobre o animal fazendo-o repetir
movimentos ou executar ordens, o que faz
aparecer a este como se atuasse com
inteligência, mas não se deve esquecer
que só se comporta com lucidez quando
obedece a essas ordens, vale dizer, quando
a inteligência do homem o conduz; porém
se se o deixa só, mercê de sua própria
iniciativa, ali se acaba a inteligência e
aparece a besta, salvo casos muito
excepcionais em que guia o animal, mais o
instinto afetivo, que o que possa
pensar-se um traço de
inteligência".
Logosoficamente, a
inteligência é o fator mental de maior
potência no homem, sendo seu
desenvolvimento de capital importância na
ilustração do indivíduo.
"É o eixo central
do mecanismo mental em torno do qual giram
todas as atividades internas e externas do
ser".
E, ainda, em 1936, na
obra citada, há revelações de que
"todos os seres humanos nascem
ignorantes por ser a inteligência neles
só uma falculdade latente e invisível.
À medida que crescem, esta se vai
desenvolvendo e a maioria recorre ao
estudo para ajudar a essa faculdade a
conquistar altas posições na mentalidade
e portanto, a adquirir todo o esplendor
que fora mister para lograr o êxito no
rumo que segue".
"A preparação
escolar e universitária - continua - tem
por objetivo ilustrar e cultivar a
inteligência dentro de uma linha de
conduta que permite ao estudante conhecer
tudo aquilo que lhe é estritamente
indispensável para sua formação
científica e social, porém ao se afastar
das aulas, salvo raros casos, a maioria se
limita ao que aprendeu, desinteressando-se
pelos demais assuntos que poderiam
servir-lhe de luz para lograr
conhecimentos maiores".
"O ente humano que
desenvolve sua inteligência mediante os
ensinamentos logosóficos, descobre com
eles a parte divina que contém seu ser.
Portanto, a chama da inteligência, ao ser
constantemente avivada, com o treinamento
mental logosófico e vigorizada com o
oxigênio moral e espiritual dos
ensinamentos, haverá de permitir ao homem
cumprir com seu objetivo com toda
eficiência".
Conclui-se que os
trabalhos científicos recentes e
divulgados sobre a inteligência já foram
descobertos pela Ciência Logosófica
desde 1930, com a criação da Escola
Logosófica de Superação Humana e vêm
sendo praticados e experimentados por um
número cada vez mais crescente de
estudiosos e investigadores desses estudos
analíticos e experimentais, reveladores
dos mistérios da vida e descobridores dos
mais recônditos sogredos da natureza em
todos os seus aspectos.
Texto escrito por Marco
Aurélio Bicalho de Abreu Chagas e retirado do site
Inteligência e Q.I.: http://www.cpsimoes.net
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